Diretas vão mostrar se PSD está mais ligado à sociedade ou ao "aparelho"

O recandidato à liderança do PSD Rui Rio defendeu hoje que o resultado das eleições diretas vai mostrar se o partido está mais próximo da sociedade portuguesa ou do "aparelho partidário".

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Lusa
25/11/2021 20:05 ‧ 25/11/2021 por Lusa

Política

PSD

Num 'webinar' com alguns militantes de Lisboa na sede e que foi transmitida nas redes sociais da candidatura, Rio voltou a defender que tem mais potencial de vitória nas legislativas de 30 de janeiro do que o seu opositor interno, o eurodeputado Paulo Rangel.

"Eu não sei quem ganha no sábado, se soubesse jogava no totoloto, mas há uma coisa evidente: a parte do aparelho partidário, aquilo que pode estar mais enquistado, não está do meu lado. Do meu lado estão os portugueses lá fora", afirmou.

Para Rio, quem vai decidir o resultado no sábado são "os militantes que estão no meio", considerando que uns "identificam-se mais com os portugueses, com o pensamento global da sociedade, outros estão mais fechados no aparelho partidário, distantes da sociedade".

"No sábado, a vitória vai ditar afinal como é que está o partido, está assim tão enquistado ou estão os militantes a comportarem-se de forma mais parecida com a sociedade portuguesa? Não sei, não sei mesmo", afirmou.

O atual presidente do PSD invocou, mais do que as sondagens, os contactos com pessoas na rua para afirmar que a sociedade portuguesa olha para si "com muito mais hipóteses do que o dr. Paulo Rangel nas eleições de 30 de janeiro".

"Eu olho para isso com uma naturalidade óbvia, se não fosse assim é que eu não percebia. É óbvio que ninguém consegue em 60 dias entrar em casa dos portugueses e que digam 'está bem, este é primeiro-ministro'. Não funciona, pode até ter condições para ser um dia, mas não funciona", justificou.

Considerando que nas legislativas de 30 de janeiro o PSD consigo como líder "pode mesmo ganhar", ao contrário do que acontecia em 2019, Rio assegurou que não ficará "com mágoa" se não vencer as diretas e não for primeiro-ministro.

"Se no sábado não votarem em mim e se não for eu, com o mesmo desprendimento com que entrei é o mesmo desprendimento com que saio e no dia seguinte não tenho a mágoa de não ser primeiro-ministro, tenho é menos 150 quilos em cima", afirmou, reiterando que se trata de "uma missão".

"Eu não fico zangado se não votarem, eu não estou por mim (...) se não quiserem, ficamos amigos na mesma", acrescentou.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se no sábado e serão disputadas entre Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel.

Leia Também: Passos denuncia falsos apelos a voto em Rio e nega apoio a candidatos

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