Este sábado é dia de (enormes) decisões no PSD. O atual líder do PSD, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel disputam hoje a presidência do partido, em eleições diretas em que podem votar perto de 46 mil militantes. Continuidade ou rutura? Esta será a escolha a fazer pelos sociais-democratas.
A eleição decorre em todo o país entre as 14h00 e as 20h00 e, a partir do fecho das urnas, a secretaria-geral do PSD irá disponibilizar a evolução dos resultados das eleições em tempo real no site https://resultados.psd.pt, assim como o histórico das eleições anteriores.
Os dois candidatos votaram na mesma secção, na sede distrital do PSD/Porto, tendo sido Paulo Rangel o primeiro, com Rui Rio a exercer o direito de voto uma hora mais tarde. O eurodeputado rumará depois a Lisboa, onde vai acompanhar os resultados num hotel da capital, enquanto o presidente do PSD escolheu um hotel do Porto (como fez nas duas anteriores eleições diretas) para a sua noite eleitoral.
Se perder hoje as diretas, o atual líder social-democrata já disse que "acaba aqui" o seu percurso político, não pretendendo voltar a ser deputado. Já Rangel, se for derrotado, cumprirá o seu mandato de eurodeputado até 2024.
Paulo Rangel admite "muita confiança" na eleição
Primeiro a exercer o voto, Paulo Rangel admitiu estar com "muita confiança" nesta eleição e à espera de uma "grande participação" por parte dos militantes: "Estou com muita confiança, mas respeito o veredicto dos eleitores".
Depois de, como sublinhou, ter dado uma grande volta pelo país, passando por todos os distritos e pelas regiões autónomas, ficou com a ideia de que existe um grande interesse por parte dos militantes nesta eleição, motivo pelo qual espera uma forte mobilização. "O apelo que faço é que façam um esforço para, realmente, poder votar hoje", vincou.
Rui Rio taxativo: "Para mim não há próxima"
Já recandidato à presidência do PSD Rui Rio assumiu esperar ganhar as eleições e depois, em 30 de janeiro, estar em condições de vencer as eleições legislativas, que é o seu "grande objetivo". "Naturalmente, uma vez que sou candidato, o que espero é ganhar estas eleições e, depois, o mais importante é, no dia 30 de janeiro, estar o partido em condições de ganhar as eleições legislativas. Esse é que é o grande objetivo e o que Portugal mais precisa", admitiu.
Mostrando-se confiante na vitória, o social-democrata reafirmou que quando se vai a eleições é para ganhar, para imediatamente a seguir referir que algumas pessoas vão para marcar uma posição e tentar "ir na próxima". "Para mim não há próxima", declarou.
Rui Rio disse ainda que em caso de derrota terá, do ponto de vista pessoal, uma vida "mais tranquila e de paz".
Recorde-se que a campanha foi feita de modo muito diferente pelos dois candidatos. Enquanto o eurodeputado apostou nos tradicionais encontros por todo o país com militantes, o presidente do PSD anunciou que iria abdicar de fazer campanha como candidato, concentrando-se na oposição ao PS, e recusou debates com o seu opositor, por considerar que só beneficiariam os socialistas.
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