"Neste momento, o nosso adversário político está fora do partido, o adversário político é a esquerda que tem estado a governar o país, mal, razão pela qual temos de apresentar um partido forte, um partido dinâmico, com determinação, e quero contribuir para isso", disse Pedro Calado em declarações à agência Lusa.
O autarca referiu que a decisão de se candidatar ao Conselho Nacional do PSD foi tomada em conjunto com o antigo candidato à liderança dos sociais-democratas Luís Montenegro.
"Foi decidido fazer esta lista conjunta, há uma representatividade muito grande de todo o país, quer do norte, do centro, do sul, das regiões autónomas, e a ideia é transmitirmos uma ideia de força, de pluralismo, de unidade acima de tudo", destacou, acrescentando que se aparecerem várias listas "é positivo".
"Mostra um partido dinâmico, com voz, com determinação e é importante transmitir esse sinal para fora", sustentou, referindo-se às forças políticas de esquerda.
O presidente da Câmara do Funchal, a principal da Madeira, reforçou que o objetivo da candidatura, cuja lista vai a votos no domingo no Congresso do PSD, é ser "uma voz representativa e juntar autarcas, que são pessoas que conhecem bem a estrutura partidária, que têm muito contacto com o povo".
Segundo fontes sociais-democratas ligadas à lista, que irá a votos no Congresso do PSD no domingo, esta "integra militantes de todos os distritos do país", entre os quais o presidente da Câmara da Trofa, Sérgio Humberto, o ex-presidente da distrital de Leiria Rui Rocha, o presidente da distrital de Viseu, Pedro Alves, ou o vice-presidente da distrital de Lisboa Rodrigo Gonçalves.
Da lista fazem ainda parte nomes como o presidente da concelhia de Braga, João Granja, os antigos deputados e governantes açorianos Carlos Costa Neves e Berta Cabral, o presidente da Câmara Municipal de Bragança, Hernâni Dias, o antigo deputado eleito por Aveiro Paulo Cavaleiro, bem como vários dirigentes e presidentes de distritais da JSD.
São primeiros subscritores desta lista Luís Montenegro e o líder da distrital de Braga Paulo Cunha, sendo que nenhum deles a integra.
O 39.º Congresso do PSD arranca hoje pelas 21:00 em Santa Maria da Feira (Aveiro), com o discurso de abertura do presidente reeleito, Rui Rio, que derrotou Paulo Rangel em eleições diretas por 52,4% dos votos.
Na quinta-feira, Rio já anunciou as suas primeiras escolhas para os órgãos nacionais do partido, com Nuno Morais Sarmento - que já tinha anunciado a saída da Comissão Política - a encabeçar a lista para o Conselho de Jurisdição Nacional contra o atual presidente Paulo Colaço e o histórico militante Pedro Roseta a substituir Paulo Rangel como o primeiro nome na lista da direção ao Conselho Nacional.
Paulo Mota Pinto mantém-se como o candidato à presidência da Mesa do Congresso e José Silvano como secretário-geral.
Para o Conselho Nacional, o chamado 'parlamento do partido', deverão apresentar-se várias listas, como habitualmente (no último Congresso foram dez). Paulo Rangel já anunciou que não integrará nem promoverá listas alternativas aos órgãos nacionais.
Além da apoiada por Rio e da subscrita por Luís Montenegro, já é certa outra de Miguel Pinto Luz (que poderá mesmo ser encabeçada pelo vice-presidente da Câmara de Cascais) e a também já várias vezes protagonizada por Joaquim Biancard da Cruz e Duarte Marques, entre outras, algumas até promovidas por apoiantes de Rio.
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