IL critica Governo e diz que "parar vida de todos não é gerir pandemia"

A Iniciativa Liberal (IL) acusou hoje o Governo de incompetência após o anúncio de novas restrições devido ao aumento de casos de covid-19, considerando que "parar a vida de todos não é gerir a pandemia".

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© Diana Quintela /Global Imagens

Lusa
21/12/2021 18:50 ‧ 21/12/2021 por Lusa

Política

Covid-19

Em declarações à Lusa, a vogal da Comissão executiva da IL Carla Castro expressou "desagrado e desalento" com as novas restrições hoje anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, que passam pela antecipação do período de contenção para as 00h00 de dia 25 de dezembro, com medidas como o teletrabalho obrigatório, encerramento de bares e discotecas ou alargamento da exigência de teste e certificado de vacinação a mais eventos e locais, entre outras.

"O que assistimos hoje foi a uma conferência de imprensa onde as medidas anunciadas não são condizentes com os dados apresentado. Continuamos a desconhecer quais foram os dados que suportam estas decisões", defendeu a dirigente da IL, que é também a número dois do partido pelo círculo de Lisboa nas legislativas de 30 de janeiro.

Carla Castro salientou que "há centros de vacinação que vão parar e que o ritmo de vacinação é mais baixo do que no verão", referindo que a pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS) "não é alarmante e não se prevê que seja".

"É claramente um atestado de incompetência sobre a forma de o Governo gerir a pandemia", considerou a dirigente, apontando que o primeiro-ministro referiu a necessidade de medidas "enquanto não se reforça a vacinação".

Carla Castro criticou, em especial, o encerramento dos locais onde já eram necessários certificados de vacinação e testes (bares e discotecas), considerando que tal até pode "descredibilizar a vacinação e a testagem".

"Estamos claramente com uma política errática e com informação contraditória. Para a confiança, quer das famílias quer das empresas, é bastante desmotivante", referiu.

A dirigente da IL lamentou que o Governo ainda não tenha apresentado o calendário do reforço de vacinação e salientou que a situação de Portugal "não compara com a de outros países".

"A nossa certeza é que este Governo é incompetente para gerir esta pandemia, parar a vida de todos não é uma forma de gerir a pandemia", criticou.

Além do encerramento de bares e de discotecas, o Governo decidiu hoje, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, antecipar para o dia 25 de dezembro o encerramento de creches e ateliês de tempos livres (ATL) e a obrigatoriedade do teletrabalho.

A partir das 00h00 de 25 de dezembro, o acesso a eventos desportivos e culturais dependerá da apresentação de teste negativo ao coronavírus, independentemente no número de espetadores, e a lotação dos espaços comerciais estará limitada a uma pessoa por cada cinco metros quadrados para "evitar ajuntamentos".

O acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano vai exigir a realização de um teste negativo à covid-19 com esta obrigatoriedade a abranger os dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro.

Os ajuntamentos na via pública de mais de 10 pessoas, bem como o consumo de álcool na rua, são proibidos na passagem de ano.

O Governo decidiu ainda aumentar de quatro para seis por mês os testes gratuitos por pessoa nas farmácias.

Leia Também: Costa espera que escolas possam reabrir a 10 de janeiro

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