"Pelas mesmas razões de sempre". O que propõe o CDS-PP em sete áreas?

O líder do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, apresentou o compromisso eleitoral, denominado "Pelas mesmas razões de sempre", no dia 08 de janeiro, dividido em 15 áreas.

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Lusa
13/01/2022 10:03 ‧ 13/01/2022 por Lusa

Política

Legislativas

Seguem-se as propostas dos centristas em sete áreas:

 

Saúde/SNS

O CDS assume-se contra a legalização da eutanásia e quer que os portugueses possam realizar exames, consultas e cirurgias no setor particular ou social "sem custos" em caso de espera no Serviço Nacional de Saúde (SNS), bem como "dotar o SNS de uma verdadeira rede de serviços de saúde mental e oral, com um quadro de psicólogos e médicos dentistas nos hospitais e garantir o apoio de técnicos de saúde mental na linha saúde SNS24".

 

Trabalho/salários

Apesar de não constar no compromisso eleitoral do CDS-PP um capítulo dedicado exclusivamente ao trabalho, o partido quer que "trabalhar compense" e quer "acabar com a escravatura fiscal".

Os centristas propõem benefícios fiscais à contratação no setor primário e para as famílias a descida de um escalão na tabela de IRS por cada filho, a partir do segundo.

 

Impostos

O CDS-PP quer descer os impostos sobre os cidadãos e as empresas e propõe eliminar "todas as taxas às quais não corresponda um efetivo serviço público" e "fixar taxa única de IRC em 19%", reduzindo-a "progressivamente ao longo desta legislatura até aos 15%".

Neste capítulo, o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos quer também isentar de IRC as empresas que reinvistam a totalidade do lucro, "limitar a 30% do preço final o Imposto sobre os combustíveis" e reduzir os escalões e taxas de IRS.

 

Justiça/combate à corrupção

O partido quer "combater ativamente a corrupção, seja no plano judicial, seja no plano da atividade administrativa" e propõe tipificar o crime de enriquecimento ilícito para titulares de cargos políticos e de altos cargos públicos "assente na violação do princípio da exclusividade de rendimentos" e a "perda de mandato e inibição do exercício de cargos públicos por período de 10 anos para todos os condenados por crimes de responsabilidade e violação do dever de declaração dos seus rendimentos".

No capítulo dedicado à qualidade da democracia, prevê ainda um "período de nojo" de dois anos entre "o exercício de funções de regulação e os negócios ou política".

 

Regionalização

O CDS estabelece no seu programa eleitoral um compromisso com a descentralização e estabelece como medidas "votar contra qualquer projeto de regionalização e contribuir ativamente para o esclarecimento público", descentralizar "serviços públicos através de delegações distritais", reforçar a "transferência competências e meios para os municípios" e ainda combater a "apropriação indevida de fundos comunitários pelo Estado central em Lisboa".

 

Clima

O compromisso eleitoral do CDS-PP refere que "Portugal respeitará as diretivas ambientais e de descarbonização impostas pela União Europeia, mas não definirá metas mais ambiciosas se não se traduzirem também em custos mais baixos para a economia, por forma a assegurar a competitividade e a coesão social".

O partido defende também que a "defesa do ambiente faz-se no campo, não se faz nas cidades" e quer assegurar que os "recursos naturais não serão extraídos e consumidos a uma velocidade superior àquela que a natureza leva a produzi-los outra vez", propondo IVA à taxa reduzida para todos os produtos que valorizem resíduos.

 

Sistema político

Como forma de "responder ao divórcio entre eleitos e eleitores", os centristas propõem uma "reforma eleitoral para o sistema misto de círculos uninominais e plurinominais, e um círculo nacional, com garantia da representação proporcional" e limitar os deputados a três mandatos.

Leia Também: Um "enxovalho" de "estilo deplorável". As reações ao debate CDS vs Chega

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