Catarina Martins reuniu-se esta tarde com a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), em Lisboa, tendo no final, em declarações aos jornalistas, acusado o Governo de "incapacidade de olhar para os cuidados primários", aquilo que considerou ser "um dos aspetos mais preocupantes da impreparação na resposta a esta vaga covid".
Questionada sobre a expectativa em relação ao debate que hoje vai opor o líder do PS e primeiro-ministro, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, a coordenadora bloquista respondeu que tudo o que a preocupa neste momento "é saber quais são as soluções para o país".
"O PS seria uma desilusão para todos os socialistas se achasse que se pode entender com uma direita que, na verdade, é cada vez mais agressiva e que já admitiu achar como solução para o país privatizar tudo, a começar pela saúde", afirmou.
Para Catarina Martins, o pior que se podia fazer era, por causa das dificuldades, "desistir do SNS" (Serviço Nacional de Saúde).
"As dificuldades dão-nos uma obrigação crescente de resolver os problemas do SNS e por isso só com um PS que seja obrigado negociar e com um BE como terceira força política renovada e reforçada neste país é que encontraremos essas soluções", apelou.
Confrontada com as sondagens de hoje, a líder do BE manteve o hábito de não as comentar.
"Nas soluções para o SNS, para o reforço do SNS, para que não se desista do SNS, na verdade o PS não tem querido avançar e o PSD o que propõe é privatização. Toda a gente sabe no país que a bipolarização para o salvar o SNS não adianta nada", avisou, insistindo na necessidade do BE se manter como terceira força política, "o partido que mais tem lutado pelo SNS".
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