Rio e Ventura demonstram desconhecer como funciona o voto em mobilidade
O alvo dos tweets de ambos os candidatos a primeiro-ministro foi a decisão de António Costa de se inscrever para votar antecipadamente no Porto. O problema é que aquela modalidade de votação não funciona como pensam.
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Política Legislativas
Os líderes do PSD e do Chega demostraram, este domingo, não saber como funciona o voto em mobilidade. Na rede social Twitter, Rui Rio e André Ventura comentaram a decisão de António Costa ter-se inscrito para votar antecipadamente e em mobilidade, no Porto, a 23 de janeiro.
O problema é que ao darem a entender que Costa estará a ajudar a eleger o candidato do PS do Porto, em vez de a si próprio, revelam não saber como funciona essa modalidade de votação.
Rui Rio partilhou, no Twitter, a notícia que dava conta da intenção do secretário-geral do PS votar antecipadamente no Porto e escreveu: "O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau!". Rio parte assim do princípio de que, ao votar no Porto, o voto de Costa não vai contar para Lisboa - onde o primeiro-ministro é cabeça de lista -, mas sim para aquele círculo eleitoral.
O Dr. António Costa arranjou uma forma airosa de evitar ter de fazer o que sabe que não é bom para Portugal; ter de votar nele próprio. Chapeau! https://t.co/J99XElX4zn
— Rui Rio (@RuiRioPSD) January 16, 2022
Já André Ventura, através da mesma rede social, afirmou que "António Costa faz tudo para não votar nele mesmo. Sabe bem que será um desastre para Portugal!".
António Costa faz tudo para não votar nele mesmo. Sabe bem que será um desastre para Portugal! https://t.co/xNDAQax2W2
— André Ventura (@AndreCVentura) January 16, 2022
Mas não é assim que funciona o voto antecipado em mobilidade.
Como funciona?
Para votar antecipadamente em mobilidade, neste caso a 23 de janeiro, uma semana antes da data das eleições, os eleitores recenseados no território nacional devem inscrever-se para esse efeito.
Depois no dia indicado votam, no local que pretenderam, através de dois envelopes - o de dentro garante que o voto se mantém secreto e o segundo permite que este seja enviado para o círculo a que pertence, para que seja contabilizado como se tivesse votado no seu local habitual de voto (saiba mais aqui).
Ou seja, mesmo votando no Porto, o voto do secretário-geral do PS continua a contar para o círculo eleitoral a que pertence.
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