Aliança defende quotas para emigrantes nas listas partidárias

A cabeça-de-lista do partido Aliança pelo círculo da Europa, Ossanda Liber, defendeu hoje, em Paris, a inclusão obrigatória de portugueses que vivem fora do país nas listas partidárias.

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© Ossanda Líber/Somos Todos Lisboa

Lusa
17/01/2022 18:25 ‧ 17/01/2022 por Lusa

Política

Eleições Antecipadas

"Há uma medida que estamos a propor que é para que existam quotas de participação de elementos da comunidade nas listas. Neste momento, não é obrigatório, mas eu quero que se torne. Para obrigar os partidos a fazerem o seu trabalho", disse Ossanda Liber, candidata do Aliança, em declarações à agência Lusa.

A candidata, que já viveu em França e tem duas filhas que vivem atualmente neste país, esteve em Paris durante o fim de semana, e defendeu que a sua experiência como emigrante a ajudou a preparar a sua candidatura.

"Nada melhor do que a nossa experiência para nos sentirmos na pele das pessoas que nós nos propomos representar. Quem nunca esteve cá fora, não viveu isso. Não será um mau deputado, mas pode-se prestar melhor serviço à comunidade quando já se fez parte da comunidade", declarou.

Em Paris, a candidata, que é vice-presidente do partido Aliança, encontrou-se com a comunidade portuguesa participando numa missa em português e visitando diferentes estabelecimentos, como supermercados e restaurantes na capital e nos seus arredores, apesar do risco inerente a esta deslocação devido à pandemia de covid-19.

"Hesitámos até ao último minuto porque eu pretendo fazer uma campanha em vários países e é importante que não tenha o azar de apanhar covid, mas chegámos a um ponto em que percebemos que valia o risco. [...] Estou a tomar as precauções, mas não vou prescindir do contacto com as pessoas que estou a representar", defendeu Ossanda Liber.

Em Paris, a candidata do Aliança constatou as "dificuldades transversais" aos portugueses em França, apresentando as soluções do seu partido.

"Temos soluções exequíveis, nomeadamente a reforma consular, que é urgente. Em todos os países onde eu estive, toda a gente se queixa que os consulados funcionam mal e têm uma postura de arrogância. [Demora] muito tempo para fazer marcações, o que estamos a propor é a desmaterialização dos atos consulares, sem precisar de papel e sem deslocações", disse a candidata.

O partido Aliança defende ainda a revisão dos atuais círculos eleitorais, aumentado para seis o número de deputados que representam as comunidades portuguesas, que deverão assim responder perante seis círculos diferentes. Também o ensino da língua portuguesa no estrangeiro é uma prioridade para esta força política.

Ossanda Liber vai estar esta semana também em Londres, no Reino Unido, e no Luxemburgo.

Leia Também: Aliança apresenta-se como o "coração da direita" e quer eleger deputados

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