Questionado sobre a curta visita de António Costa à Madeira à margem da cerimónia comemorativa do aniversário de uma escola no Funchal, Miguel Albuquerque respondeu: "Eu acho que foi ótimo ele ter vindo em campanha, que foi a demonstração daquilo que estávamos a dizer há tanto tempo. Relativamente à Madeira zero, nem uma palavra, nem um compromisso".
"Mas foi bom ele não ter falado na Madeira. Porque como ele ignora sempre a Madeira não veio prometer mais coisas que não vai cumprir", acrescentou o também presidente do Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP.
Interrogado, por outro lado, sobre o facto do presidente do PSD, Rui Rio, não marcar presença na Madeira durante a campanha, Miguel Albuquerque disse apenas que o social-democrata já esteve no arquipélago recentemente, no âmbito das eleições internas do partido, e que os "compromissos para a Madeira estão todos no programa eleitoral do PSD".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro na sequência da rejeição do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, que teve apenas votos a favor do PS e a abstenção do PAN.
Esta é a 17.ª vez que os portugueses são chamados a votar em legislativas em democracia, contando com as eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975.
Além de PS, PSD, BE, CDU (PCP/PEV), CDS-PP, PAN, Chega, Iniciativa Liberal e Livre - partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de outubro de 2019 -, concorrem às eleições de 30 de janeiro outras 12 forças políticas, num total de 21.
Os outros partidos concorrentes são: Aliança, Ergue-te (ex-PNR), Alternativa Democrática Nacional (ex-PDR), PCTP-MRPP, PTP, RIR, MPT, Nós, Cidadãos!, MAS, JPP, PPM e Volt Portugal, que se estreia em legislativas.
Mais de 10 milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.
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