António Costa rejeita que 'caso Cabrita' possa ter influência na campanha
O líder do PS rejeitou hoje que o pedido do Ministério Público de levantamento da imunidade parlamentar do ex-ministro Eduardo Cabrita possa ter impacto na campanha, estabelecendo uma separação entre as esferas da política e da justiça.
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Política Legislativas
"Acho que as pessoas já todas se habituaram a uma ideia que é muito importante num Estado de direito democrático: à política o que é da política, à justiça o que é da justiça", afirmou António Costa.
O secretário-geral do PS respondia aos jornalistas na cooperativa agrícola Carmim, em Reguengos de Monsaraz, num dia em que a Lusa noticiou que o Ministério Público solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do deputado Eduardo Cabrita, para que possa ser constituído arguido e interrogado no caso do acidente mortal na A6 em que esteve envolvido o carro em que seguia quando era ministro da Administração Interna.
No final da visita à Carmim, o também primeiro-ministro brindou com vinho produzido no local, afirmando esperar que, no dia 30, os portugueses brindem o "país com uma boa votação, de forma a assegurar ao país a estabilidade e a tranquilidade".
No último dia do prazo de inscrição para a votação antecipada, António Costa reiterou o apelo para que "quem o deseje" se inscreva para votar no domingo anterior à data oficial das legislativas, afirmando que "é fundamental que haja uma grande participação eleitoral".
"Estas eleições são eleições decisivas para o futuro do país, é fundamental que todos participemos e, todos participando, iremos ter seguramente um grande resultado para o país", disse.
Tendo visitado o recinto da Carmim, António Costa agradeceu aos trabalhadores locais pelo "esforço extraordinário" que têm feito para "contribuir para o aumento da produção nacional quer de vinho quer de azeite", salientando que "quer em 2020", a cooperativa "aumentou as produções de 2019, quer em 2021, aumentou as produções de 2020".
"E é mesmo assim que temos que fazer: é arregaçar as mangas e produzirmos cada vez mais. Só assim ajudaremos a continuar a levar o país para a frente e a continuarmos a desenvolvermo-nos", afirmou.
A poucos dias do lançamento do bloco de rega de Reguengos de Monsaraz, segundo avançou o ex-ministro da Agricultura e cabeça de lista do PS pelo círculo de Évora, Luís Capoulas Santos, o secretário-geral do PS salientou que a criação de infraestruturas serve precisamente para incentivar uma maior produção das empresas.
"É uma parceria entre todos: quando o Estado investe na criação de infraestruturas como o Alqueva, como a criação do bloco de rega, é precisamente para criar melhores condições para que as empresas, qualquer que seja a sua natureza, possam produzir mais e melhor, para gerarem mais rendimento, que é isso que o país precisa", salientou.
Antes de visitar a cooperativa Carmim, António Costa visitou o bloco de rega de Évora, composto por 60 mil metros cúbicos de água e que, em conjunto com os blocos de Odivelas e de Viana do Alentejo - que estão em fase de conclusão - fornecem água a dez mil hectares de pequenas e grandes propriedades.
No local, Capoulas Santos afirmou que a concretização do bloco de Évora mostra que o "PS cumpre" recordando que, em 2019, o Governo tinha assumido como compromisso concluir, durante a legislatura, quatro grandes blocos de régua.
"Ora, daquilo que nos comprometemos para quatro anos, ao fim de dois, já temos este bloco concluído, temos os outros em fase adiantada de conclusão e está agora a ser lançado o de Reguengos", afirmou.
Capoulas Santos afirmou assim que a imagem de marca do PS no Alentejo é que, "desde há muitos anos", todos os compromissos que tem assumido, tem "tido a felicidade de ter podido concretizá-los".
"Mas isso não seria possível se não tivéssemos um Governo amigo do Alentejo, e é isso que vai estar agora também em causa [nas eleições legislativas]: é se vamos ter um Governo amigo do Alentejo depois do dia 30, ou se vamos voltar ao passado, que é do adiar", frisou.
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