Estas palavras foram proferidas por António Costa no final de uma arruada intensa, com apoiantes eufóricos, nas ruas das Caxinas de Vila do Conde, onde voltou a prometer que o seu Governo, logo que o Orçamento para 2022, vai pagar o aumento extraordinário das pensões com efeitos retroativos a janeiro.
Antes de começar a discursar, o líder socialista ouviu alguém perguntar-lhe se estava cansado e respondeu imediatamente com veemência: "Cansado, eu? Estou cheio de energia".
Perante centenas de apoiantes, o secretário-geral do PS disse que "a gente do mar sabe bem que há dias de mar calmo e dias de mar agitado".
"Gente que sabe que tem de estar pronta para ir ao mar nos dias bons e nos dias maus. É assim que nos temos estado também [no Governo]. Enfrentámos a austeridade e virámos a página. Enfrentámos a estagnação e virámos a página. E estamos a enfrentar a pandemia da covid-19 e vamos virar a página desta pandemia", declarou.
Ou seja, segundo António Costa, o PS "não vira as costas ao país quando o mar está agitado".
"Nesta terra, que é uma das maiores bacias leiteiras de Portugal, não estamos cá só quando as vacas estão gordas. Estamos cá porque sabemos que, por as vacas estarem gordas, é preciso alimentar o gado, acarinhar o gado e tratar bem o gado para que o gado engorde. É isso que nós temos de continuar a fazer: Um país mais próspero, mais justo e mais inovador", concluiu.
Na parte inicial da sua intervenção, o secretário-geral do PS, além de reiterar as suas promessas de aumentar o salário mínimo e baixar os impostos, insistiu nas diferenças em relação ao PSD no que respeita à política de pensões.
"Mal o Orçamento [do Estado para 2022] seja aprovado, vamos pagar o aumento extraordinário das pensões desde janeiro, porque connosco as pensões vaio continuar a aumentar", acrescentou.
Após um curto discurso do presidente da Câmara de Vila do Conde, o socialista Vítor Costa, o líder da Federação do Porto do PS, Manuel Pizarro, referiu-se indiretamente às sondagens, que começam a traduzir um equilíbrio entre socialistas e sociais-democratas.
"Esta é a sondagem que conta. O povo vai votar e o PS vai ganhar", declarou, antes de deixar uma mensagem dirigida para os eleitores mais idosos: "Votar é seguro".
A seguir, Manuel Pizarro defendeu que o povo "tem bem presente a memória de quando a direita esteve no Governo".
"Eles, agora, andam a esconder as suas propostas", acrescentou.
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