A porta-voz do PAN dedicou esta segunda-feira ao ensino, marcando presença numa escola pública em Braga, onde defendeu que os docentes e não docentes “têm visto as suas carreiras congeladas, não têm tido progressão” e que a antecipação da reforma “não resolve os problemas”.
"Não podemos continuar a desvalorizar pessoas que entram hoje para a carreira a nível educativo e estão a receber duas vezes menos do há uns anos atrás, quando entraram para carreira dos professores. Isto não faz qualquer tipo de sentido", explicou Inês Sousa Real, acrescentando que "estamos a perder e não estamos a conseguir captar jovens para a carreira pedagógica".
Para além de reforçar que é necessário “valorizar a escola pública”, salientou também a importância de “garantir a aproximação com a natureza”.
Em relação à escola que a porta-voz do PAN visitou, referiu que “aguarda há muito tempo um envelope financeiro que teima em não chegar” e que é preciso que o Estado, através do Portugal 2030, “canalize verbas para requalificar equipamento, seja através das janelas como da intervenção dos próprios telhados para que as crianças e os docentes deixem de passar frio”.
A requalificação das escolas é uma das prioridades do PAN: “Não podemos continuar a ter alunos que passam frio no inverno ou excesso de calor no verão porque assim não vamos conseguir que as crianças aprendam”, frisou Sousa Real.
“Garantir a redução do número de alunos sempre que for possível para que o contexto educativo seja mais humanizado e mais individualizado”, é uma das sugestões do PAN, propondo que sejam 15 alunos por turma. Contudo, esclarece que o PAN tem noção de que “no contexto atual não é possível, teria que ser uma alteração progressiva e de acordo com cada contexto de cada região”.
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