O líder do PSD, Rui Rio, afirmou esta quinta-feira que, caso não ganhe as eleições legislativas do próximo domingo, está “disponível para negociar” com o partido vencedor e espera que a atitude seja “recíproca”.
“Eu disse sempre a mesma coisa e continuo a dizer: se eu não ganhar as eleições, estou disponível para negociar com quem ganhar, no sentido de Portugal não ter de ir para eleições outra vez daqui a pouco tempo e garantir a governabilidade. Espero que seja recíproco, ou seja, se for eu a vencer, que haja da parte dos outros a abertura democrática suficiente para respeitar o resultado eleitoral e negociar uma base séria”, afirmou aos jornalistas no final de um almoço com empresários no Porto.
Questionado sobre se se manteria “disponível” para negociar caso a ‘geringonça’ se reconstituísse, Rui Rio considerou que nesse caso não é “preciso para nada” e acredita que tal acontecerá “se o Partido Socialista ganhar as eleições”, apesar de “parecer relativamente impossível há duas semanas”.
“Pelas últimas declarações do doutor António Costa, houve uma viragem de 180º e todos têm de perceber, no momento em que forem votar, que votar no Partido Socialista é voltar a votar na mesma solução. Ou seja, o PS com o Bloco de Esquerda e o PCP”, sublinhou.
E acrescenta: “Quem quiser que assim seja, pode votar com certeza num desses três partidos. Quem quiser que não seja assim, tem de votar no PSD porque é o único que tem força para se opor a isso”.
Recorde-se que, esta manhã, no Fórum TSF, o presidente do PSD afirmou que só admite conversar com o Chega sobre orçamentos "no debate parlamentar normal à vista de toda a gente", rejeitando que possam existir conversas de gabinete para "convencer" André Ventura.
Na mesma entrevista, manifestou a convicção de que a probabilidade de o PSD vencer as eleições de domingo é "mais elevada" do que a de o PS ganhar, embora reconheça que as legislativas estão "muito disputadas": "Admito que consiga ter uma diferença um bocado superior do que o que se está à espera".
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