"Se houver uma maioria à esquerda, o Governo será à esquerda"
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, defendeu hoje que "se houver uma maioria à esquerda, o Governo será à esquerda", considerando que o BE "será a chave para desbloquear" essa solução política no dia seguinte às eleições.
© Lusa
Política Legislativas
No penúltimo dia de campanha, o BE realizou a tradicional arruada pela Rua Morais Soares, em Lisboa, no início da qual Catarina Martins recebeu o apoio da ex-deputada e antiga militante bloquista Ana Drago, que abandonou o partido em julho de 2014 por divergências políticas.
"O Bloco de Esquerda será a chave para desbloquear uma governação deste país à esquerda e que responda por quem trabalha e por quem trabalhou toda uma vida. Assumimos as nossas responsabilidades por inteiro e não esquecemos ninguém", disse a líder bloquista aos jornalistas.
Segundo Catarina Martins, "se houver uma maioria à esquerda, o Governo será à esquerda".
"Claro que nunca será aprovado um programa de direita minoritário, claro que não. Era o que mais faltava. Já o fizemos em 2015", respondeu, insistindo que "se houver uma maioria à esquerda, é à esquerda que se vai negociar um governo para este país".
Questionada sobre se teme que o voto útil prejudique o partido devido à grande proximidade entre PS e PSD que as sondagens têm apontado, a coordenadora do BE começou por responder que voto no partido é aquele "que desempata a vida política em Portugal e permite esse novo ciclo pelo salário, pela pensão, pela saúde, pela habitação", defendendo que "o voto útil é o voto que resolve a vida".
Perante a insistência dos jornalistas, Catarina Martins referiu que "já toda a gente percebeu que no dia a seguir às eleições vai haver negociações" sobre o Governo que será formado.
"A força que pode desempatar é a força do BE", insistiu.
Seguindo o apelo ao povo, a líder bloquista afirmou que "cada deputado e cada deputada que o Bloco eleger é menos um deputado da direita e da extrema-direita".
"Do Algarve ao Minho, cada deputado do Bloco que entrar é um deputado do Chega que não entra e é mais. É a força para um contrato no dia seguinte, para que ninguém seja esquecido", sintetizou.
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