No último dia de campanha eleitoral, os líderes partidários têm vindo a apelar diretamente ao voto dos portugueses. Catarina Martins, numa arruada do Bloco de Esquerda na Rua de Santa Catarina, no Porto, defendeu que um "voto" no partido que dirige é o "voto do desempate".
"O voto no Bloco é o voto que ganha, porque é o voto que desempata e que não permite um governo de direita", argumenta a líder bloquista, apelando diretamente aos eleitores que se posicionam mais à esquerda no espetro político. "É o voto que vence a extrema-direita e a direita", acrescenta ainda Catarina Martins, em declarações aos jornalistas.
A dirigente do Bloco de Esquerda sustenta ainda que apoiar o partido nas eleições legislativas de dia 30 é um "voto seguro para um contrato no dia seguinte, que não esqueça as urgências do nosso país". Faz, assim, uma alusão a uma possível coligação entre os partidos de esquerda, nomeadamente com o PS, que abra "um novo ciclo em Portugal, pelo salário, pela saúde, pela habitação, pelo clima".
Catarina Martins mostrou-se, uma vez mais, disponível "para negociar uma solução de governo para o país" mal sejam conhecidos os resultados das eleições, reforçando que o Bloco de Esquerda nunca esquecerá o seu "mandato" e os seus "compromissos". "Convidei António Costa para esta solução", ressalva ainda a dirigente bloquista, passando a responsabilidade no que toca a esta matéria para o secretário-geral do Partido Socialista.
Quanto a propostas eleitorais, a líder do Bloco de Esquerda, que procura ser o terceiro partido político mais votado nestas eleições, compromete-se a trabalhar para fazer com que os portugueses "não continuem a ter cortes injustos nas pensões", para combater "a precariedade das gerações mais jovens" e para promover o "emprego com salários justos". O "futuro" do país, na ótica de Catarina Martins, passa ainda por garantir "uma resposta determinada ao clima" e "rendas de casa que as pessoas possam pagar".
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