A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, afirmou esta noite que é "um dia difícil e um mau resultado" o que obteve o partido nestas legislativas, mas também o crescimento do Chega no Parlamento.
Catarina Martins começou por acusar o antigo parceiro de Geringonça de ter conduzido o país a estas eleições e criticou também a "falsa bipolarização" que criou nos portugueses uma "pressão" de voto últil, defendeu.
"A estratégia do Partido Socialista de António Costa de criar uma crise artificial para ter uma maioria absoluta, ao que tudo indica foi bem sucedida e o PS estará perto dessa maioria absoluta, senão mesmo com essa maioria absoluta", referiu. "Convivemos com uma campanha muito difícil, com uma bipolarização que, como se percebeu, era falsa e criou uma enorme pressão de voto útil que penalizou os partidos à esquerda."
É por isso um dia difícil e um mau resultado, com que saberemos viver e saberemos responder ao nosso mandato e aos compromissos que temos com este país e para com quem dele trabalha, como sempre fizémos."
A coordenadora do Bloco disse ainda que "é também um mau resultado por causa do resultado que obteve a extrema-direita e o Chega", o que deve ser, segundo a deputada, abordado "com clareza".
"Cada deputado racista eleito no Parlamento português é um deputado racista a mais", sublinhou.
Catarina Martins considera que as lutas do partido - "a defesa do SNS ou a luta por um salário digno e contra a precariedade", como apontou - "não fica mais fácil" com o resultado destas eleições.
Contudo, promete que o Bloco de Esquerda não faltará a estas lutas "em todo o país".
"Aqui estaremos, lado a lado, nas lutas onde sempre nos encontrámos", assegurou.
Sobre uma possível negociação com o Partido Socialista, a coordenadora do Bloco garante que "nunca faltara à sua palavra", mas acredita que "o PS terá maioria absoluta".
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