O PS venceu as eleições legislativas de domingo com maioria absoluta com 41,6% e 117 deputados, segundo os resultados provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.
A agência de notícias espanhola Efe escreveu que o PS "consolidou este domingo o seu domínio em Portugal", tendo ainda salientado que "nenhuma das sondagens das últimas semanas mostrou sequer um resultado semelhante, nem sequer acertaram na taxa da abstenção".
Já o El País apontou: "eleitores punem severamente os parceiros minoritários da geringonça", destacando ainda a conversão "da extrema-direita na terceira força parlamentar".
Também o El Mundo sublinhou a "maioria absoluta histórica" que permitirá a Costa "governar sem oposição interna", apontando que o PS "eliminou os seus rivais do Bloco de Esquerda" -- que passou de 19 para cinco deputados.
Em França, o Le Monde abordou também a "clara vitória" dos socialistas, assim como o crescimento do Chega, que elegeu 12 deputados, notando a existência de um grupo parlamentar de extrema-direita "pela primeira vez desde a queda da ditadura, em 1974".
A agência France-Presse (AFP) assinalou, de igual forma, que o primeiro-ministro "obteve uma improvável maioria absoluta numa votação que também assistiu a um avanço por parte da extrema-direita".
Os britânicos The Guardian e o económico Financial Times destacaram a "surpreendente maioria absoluta", sublinhando a "adesão mais alta que o esperado apesar da pandemia da covid-19", enquanto o Politico falou numa "vitória estonteante".
Em Itália, o Corriere Dela Sera escreveu que Costa "ganhou a aposta" e que o primeiro-ministro "vai para um 'hat-trick'", e regista que, "preocupantemente, a extrema-direita saltou de um" para mais de dez deputados.
Também o jornal alemão Suddeutsche Zeitung destaca a vitória do PS de António Costa, assim como a "desilusão" na "noite eleitoral de Rui Rio".
No Brasil, O Globo enalteceu a "vitória contundente" do PS, com um resultado maior "que o previsto nas pesquisas pré-eleitorais".
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