Manuela Ferreira Leite disse esta noite de quinta-feira, em entrevista à CNN, que a nomeação de Diogo Pacheco de Amorim por parte do Chega para vice-presidente da Assembleia da República é um "tema menor, relativamente ao que temos pela frente, que é um Governo de maioria".
A política disse ainda que "a pior coisa que se podia fazer ao Chega era deixá-lo eleger uma pessoa para a vice presidência da Assembleia da República. Eu acho que era a coisa que mais o embaraçava". Portanto, conclui, "o melhor que podia acontecer é que que não o deixem ir", disse, referindo-se a Pacheco de Amorim.
"Apresentando-se como um partido contra o sistema, devia recusar a ideia de que há uma instituição, que esta deve ser respeitada, e que há certas coisas que não se podem dizer.", reiterou.
Ferreira Leite lamentou ainda que, "mais uma vez", seja um tema "que vai dar protagonismo ao Chega".
O líder do partido, eleito como a 3.ª força política do país nas legislativas de 30 de janeiro, defendeu a sua escolha referindo que Pacheco de Amorim "tem provas dadas na vida, percurso político e em vários partidos" e que tem sido "uma presença construtiva, dialogante e muitas das vezes capaz de estabelecer pontes".
Considerando que "em democracia não pode haver partidos filhos e partidos enteados", André Ventura lembrou que é o "regimento da Assembleia da República [que diz que] cabe aos quatro maiores grupos parlamentares indicar os nomes dos vice e dos que farão a composição da mesa da Assembleia da Republica". Posto isto, defende ter "direito de indicar o seu vice presidente".
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