"A coligação PSD/CDS venceu todas as eleições que se realizaram desde 2019 [na Madeira]", lê-se no comunicado contendo as conclusões da reunião desta força partidária que serviu para analisar os resultados das últimas eleições para a Assembleia da República.
Mas, os responsáveis centristas madeirenses alertam que o partido não pode "embandeirar em arco face aos resultados obtidos" e deve ""redobrar o trabalho com humildade e competência".
"O julgamento deste mandato, 2019--2023, à coligação far-se-á nas eleições legislativas regionais de 2023", apontam os dirigentes centristas no mesmo documento.
Também destacam que a coligação com o PSD desta região, a 'Madeira Primeiro', "venceu, de forma clara e inequívoca" o último ato eleitoral em 10 dos 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira.
"A Madeira foi a única região do país onde o centro-direita venceu. A Madeira foi a única região do país onde o PS não venceu" e onde os socialistas "perderam mais votos relativamente às últimas Legislativas Nacionais que se realizaram em 2019", é destacado na informação distribuída.
Recordando que esta coligação reuniu mais 10.630 votos que os socialistas na Madeira, a comissão política do CDS-PP insular opina que se "o PSD e o CDS tivessem concorrido em coligação, teriam tido mais seis deputados, ou seja, o PS perderia a maioria absoluta" a nível nacional.
Nas eleições Legislativas Nacionais que aconteceram a 30 de janeiro, nas quais o círculo da Madeira elege seis representantes, a coligação PSD/CDS-PP obteve 50.634 votos (39,83%) e o PS 40.004 votos (31,47%), conseguindo cada uma das candidaturas assegurar três deputados em São Bento.
O JPP foi a terceira força mais votada com 8. 721 votos (6,86%), seguindo-se o Chega com 7.727 (6.08%) e a Iniciativa Liberal com 4.241 votos (3,34%).
Na reunião da comissão politica centrista da região que aconteceu esta noite, o partido sublinha que "não abdicará da sua identidade, mas será sempre um parceiro leal para a estabilidade e moderação do Governo, colocando sempre os interesses superiores dos madeirenses e porto-santenses em primeiro lugar".
"O CDS, como partido, é um meio e não um fim ao serviço das populações", enfatiza ainda, argumentando que a Madeira e a Comunidade Autónoma da Galiza "são as únicas duas regiões onde os extremismos, nomeadamente, movimentos de extrema direita ou extrema esquerda, não têm expressão significativa, devido à governação abrangente".
Assegura que o CDS, sendo um partido autonomista, " pugnará sempre pela contínua afirmação, consolidação e aprofundamento da autonomia na certeza de que este é o caminho para a consagração do desenvolvimento integral da população da Madeira e do Porto Santo".
Nesta reunião, a comissão política agendou as jornadas autárquicas para 12 de março e decidiu convocar um conselho regional para aprovar a data do próximo congresso na Madeira.
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