Decorreu, esta terça-feira, a votação da resolução do Parlamento Europeu a condenar a invasão russa e bielorrussa da Ucrânia, com 637 votos a favor, 26 abstenções e 13 votos contra, um deles do PCP.
O Bloco votou contra os pontos 21, 22, 25 e 27 da resolução porque "se opõe e oporá à tentativa da direita de aproveitar a justa indignação com esta guerra para lançar uma corrida ao armamento e uma escalada militar numa região de enorme sensibilidade, com consequências imprevisíveis", escrevem numa declaração de voto dos deputados do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu.
A resolução do Parlamento Europeu condena “veementemente a agressão militar ilegal, não provocada e injustificada da Federação Russa contra a invasão da Ucrânia”, bem como “o envolvimento da Bielorrússia nesta agressão”, manifestando ainda “profunda preocupação com os riscos que a Bielorrússia representa de abandonar a sua neutralidade e acolher os militares russos”.
"Opusemo-nos e opor-nos-emos a que esta guerra seja usada como pretexto para um alargamento da NATO, uma organização que nunca serviu a paz e é historicamente responsável por inúmeras ocupações, conflitos armados e manobras de desestabilização, no Iraque, na Jugoslávia, no Afeganistão, entre muitos outros", escreve ainda o Bloco, que apesar de ter votado a favor da resolução no seu conjunto, votou contra todos os artigos que visam esse "alargamento", "bem como contra a censura de órgãos de comunicação social russos".
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