Numa série de publicações partilhadas no Twitter, o partido liderado por João Cotrim de Figueiredo acusou PCP e Bloco de Esquerda de defenderem “um mundo murado por ditaduras” e de estarem “do lado da agressão expansionista” de Vladimir Putin, presidente russo.
Esta fio de publicações naquela rede social segue-se à votação, em sede de Parlamento Europeu, de uma resolução para condenar a invasão russa e bielorussa da Ucrânia.
Não é surpresa para quem os conhece bem: são dois partidos comunistas, órfãos da queda do muro de Berlim, que não gostam da democracia liberal, não gostam do nosso modo de vida em Liberdade, não gostam da abertura de fronteiras, da tolerância, da Liberdade de expressão,
— Iniciativa Liberal (@LiberalPT) March 4, 2022
“Bloco de Esquerda e PCP são dois fantasmas da Guerra Fria que mantemos em Portugal, excrescências intelectuais do que foi o comunismo internacional, expansionista, imperialista, belicista e que espalhou a miséria pelo Mundo”, lê-se numa das publicações.
Bloco de Esquerda e PCP são dois fantasmas da Guerra Fria que mantemos em Portugal, excrescências intelectuais do que foi o comunismo internacional, expansionista, imperialista, belicista e que espalhou a miséria pelo Mundo.
— Iniciativa Liberal (@LiberalPT) March 4, 2022
Recorde-se que a Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kyiv contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados.
É de realçar que, na terça-feira, no Parlamento Europeu, foi votada uma resolução para condenar a invasão russa e bielorussa da Ucrânia.
A resolução teve 637 votos a favor, 26 abstenções e 13 votos contra, dois dos quais da delegação do PCP, composta por João Pimenta Lopes e Sandra Pereira. Além disso, até então, os comunistas foram os únicos que se recusaram a condenar Vladimir Putin pela invasão.
Antes, a 14 de fevereiro, quando a invasão não tinha sido ainda espoletada, foi aprovado no parlamento europeu um pacote de assistência macrofinanceira à Ucrânia, no valor de 1,2 mil milhões de euros. José Gusmão e Marisa Matias do BE abstiveram-se e o PCP votou contra.
Ao Público, José Gusmão justificou que a abstenção do BE teve por base a oposição aos memorandos de entendimento associados e consequentes políticas de austeridade. O Bloco chegou a condenar as ações de Putin, mas desmarcou-se do apoio aos Estados Unidos e à expansão da NATO.
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