Chega de "braços abertos" a refugiados ucranianos para Portugal

O líder do Chega afirmou hoje que o seu partido está de "braços abertos para receber" refugiados ucranianos, defendendo que "aqueles que vierem por bem" e não pretenderem "dominar" Portugal "são sempre bem-vindos".

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Lusa
12/03/2022 20:22 ‧ 12/03/2022 por Lusa

Política

Ucrânia

"A nossa posição sempre foi muito clara: neste conflito que agora assola a Europa, nós estamos do lado daqueles que defendem as fronteiras, a soberania e a civilização. Neste conflito há uma potência agressora e há um país que se defende e a nossa posição não podia ser outra", declarou, num discurso na segunda convenção de autarcas do Chega, que decorreu no Fórum Lisboa.

Abordando as imagens que têm sido transmitidas nas televisões relatando a situação na Ucrânia, Ventura frisou que todos têm assistido a "homens e mulheres afastados e destruídos das suas casas, dos seus prédios, dos seus animais de estimação, de tudo o que lhes é mais querido".

"Homens e mulheres obrigados a fazer quilómetros à chuva, à neve e ao frio, por causa de um tirano louco que quer destruir a Europa. A nossa posição é uma só: é ao lado da Europa, ao lado de Portugal e ao lado da civilização que continua a ser a nossa", frisou.

Perante os autarcas, Ventura disse que, em "muitas das autarquias onde há vereadores e deputados municipais do Chega", o partido tem apresentado e aprovado "moções para apoiar os refugiados ucranianos".

Nesse sentido, o líder do Chega referiu que o seu partido está "de braços abertos para receber aqueles que fogem da guerra, que fogem do ataque, da fome e da miséria".

Ventura contrapôs, no entanto, a situação dos refugiados ucranianos -- que disse precisarem "ser apoiados verdadeiramente" -- de outros "que chegam de iPhone e telefones de alta gama a Portugal" e que, segundo o entendimento do líder do Chega, vêm procurar subsídios na Segurança Social.

A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Catarina Martins defende realização de uma "conferência da paz"

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