O futuro ministro das Finanças, Fernando Medina, esteve esta quinta-feira no seu último programa da CNN Portugal enquanto comentador e assumiu que não estava à espera do convite de António Costa para integrar o Governo após a derrota nas autárquicas.
"Não estava à espera, mas respondi com muito gosto ao convite que o primeiro-ministro me fez", admitiu Medina acrescentando ser "uma honra muito grande poder servir o país nestas funções".
Sobre a possibilidade de vir a ser um sucessor de António Costa, o antigo presidente da Câmara de Lisboa, afirma que essa "é uma conversa" que nunca alimentou "ao longo dos anos". "Sempre estive focado no desempenho das funções que tenho", explicou.
Confrontado se conseguirá baixar impostos aos portugueses, Medina afirma que "estamos a viver um período de enormíssima volatilidade" e "não sabemos se o conflito será prolongado ou curto" e como isso se refletirá na economia.
A descida dos impostos que o Orçamento de Estado apontava "não está em causa", garante o futuro ministro das Finanças. "O Orçamento que estava apresentado vai manter-se", explicou acrescentando que a volatilidade a que se referia diz respeito ao futuro e não no imediato.
"É um contexto de incerteza, temos de nos precaver", afirma, salvaguardando, no entanto, que os compromissos políticos expostos em campanha manter-se-ão, nomeadamente a descida dos impostos.
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