O segundo nome proposto pelo Chega para a vice-presidência da Assembleia da República (AR), Gabriel Mithá Ribeiro, também foi chumbado pelos pares, à semelhança daquilo que, numa primeira votação, ocorreu com Diogo Pacheco de Amorim.
Na segunda votação, o deputado Gabriel Mithá Ribeiro obteve 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos, aquém dos 116 deputados necessários para conseguir a maioria absoluta e ser eleito vice-presidente.
Com a não aprovação de Pacheco de Amorim - conseguiu 35 votos favoráveis, 183 votos brancos e seis nulos - o partido de André Ventura apresentou (ao contrário do Iniciativa Liberal que viu João Cotrim de Figueiredo ser chumbado) um novo nome ao cargo.
Mithá Ribeiro também não mereceu aprovação, ficando a mesa do Parlamento a funcionar com o presidente - Augusto Santos Silva - e os dois 'vices' hoje eleitos: Edite Estrela, do PS, e Adão Silva, do PSD. "Nos termos do artigo 23.º do regimento, a Mesa tem quórum de funcionamento e portanto está constituída", afirmou Santos Silva.
André Ventura: "É um dia bastante negro"
Em reação ao resultado, André Ventura, ladeado por Diogo Pacheco de Amorim e Gabriel Mithá Ribeiro, os dois nomes chumbados, afirmou, aos jornalistas, que "o Chega, sabendo e conhecendo publicamente que havia infundadas mas objeções de variados quadrantes políticos ao nome de Diogo Pacheco de Amorim, apresentou outro nome", mas, no seu entender, "ficou demonstrado que a questão não é o nome que o Chega apresenta".
Há, ao invés, "uma maioria de bloqueio que não quer o Chega na vice-presidência da Assembleia da República", considerou, apontando que se trata de "um dia bastante negro".
Tal como tinha sido acordado em conferência de líderes, Ventura adiantou que o Chega não irá apresentar hoje nenhuma outra candidatura, "reservando-se para o fazer quando entender apropriado".
[Notícia atualizada às 18h22]
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