Menos de uma semana após a tomada de posse do XXIII Governo Constitucional, no qual assume a pasta das Finanças, Medina deverá também abordar informalmente com a Comissão Europeia, à margem das reuniões ministeriais, o calendário de entrega do projeto de Orçamento do Estado para este ano (OE2022), que Bruxelas aguarda há vários meses.
O anterior Governo chegou a apresentar em outubro o plano orçamental para 2022, mas o mesmo ficou sem efeito na sequência da dissolução da Assembleia da República -- precisamente devido ao 'chumbo' do documento pelo parlamento -- e celebração de eleições legislativas antecipadas em 30 de janeiro passado, tendo a entrada em funções do novo Governo sido atrasada ainda mais devido à repetição das eleições no círculo da Europa.
No Luxemburgo, o ministro das Finanças deverá assim dar conta informalmente aos comissários com as pastas económicas do calendário previsto pelo novo Governo para a apresentação e adoção do plano de OE2022, que tem de receber o aval da Comissão Europeia.
No entanto, as agendas formais das reuniões de ministros das Finanças, quer da zona euro (Eurogrupo), hoje, quer do Conselho de ministros das Finanças dos 27 (Ecofin), na terça-feira, serão dominadas por discussões em torno da guerra lançada há já mais de um mês pela Rússia na Ucrânia e uma avaliação do seu impacto em termos económicos, quer para Moscovo, quer para a própria Europa.
No encontro do Eurogrupo, haverá lugar uma análise das consequências, no espaço da moeda única, da guerra e das sanções económicos impostas pela UE à Rússia, tanto no curto como no médio prazo.
Na terça-feira, ao nível do Ecofin, os 27 discutirão igualmente "as consequências económicas e financeiras na sequência das sanções impostas à Rússia após a sua agressão militar contra a Ucrânia", devendo os ministros prestar particular atenção à subida dos preços da energia e da inflação em geral, ao mesmo tempo que analisam o impacto das sanções na economia russa e avaliam eventuais lacunas que permitam aos visados contornar as mesmas.
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