CDS "não é um partido qualquer", diz Melo que espera mais visitas a Belém

Líder centrista aponta ainda críticas ao Governo e diz que IVA compensado com baixa do ISP nos combustíveis foi uma medida sugerida por si e apresentada por António Costa como sua.

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Notícias ao Minuto
11/04/2022 16:13 ‧ 11/04/2022 por Notícias ao Minuto

Política

CDS-PP

Nuno Melo, defendeu, esta segunda-feira, que o CDS-PP “não é um partido qualquer” e que “faz muita falta a Portugal”, esperando, por isso, que a audiência que hoje o partido teve em Belém com o Presidente da República seja “uma de muitas”. O líder centrista deixou ainda críticas ao Governo e à gestão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em declarações aos jornalistas, depois de uma delegação do CDS ser recebida por Marcelo Rebelo de Sousa, Nuno Melo começou por destacar que, apesar de o partido não ter representação parlamentar na Assembleia da República, continua a estar representando a nível regional e no Parlamento Europeu e que, por isso, continua a ser “relevante”, apontando como objetivo futuro “substituir” a atual “circunstância” vivida pelo partido e voltar a eleger deputados.

“O CDS não é um partido qualquer. O CDS é um partido estruturante do regime democrático e esse é um convencimento de Portugal lá fora e que nós sentimos na rua em cada pessoa que nos faz perceber que, o que sucedeu em janeiro de 2022, foi realmente conjuntural, e uma disponibilidade que é de muitos para alterarem essa circunstância”, começou por dizer.

“É a nossa atual circunstância, mas nós trataremos de a substituir. O CDS, muito daquilo que é, vai percebê-lo numa voz que não estando na Assembleia da República, não deixa por isso de ser relevante”, acrescentou, apontando depois a mira para o Governo de António Costa.

Nuno Melo considera que uma das medidas do Governo socialista foi uma sugestão sua enquanto candidato à liderança do CDS-PP.

“O primeiro-ministro tem como primeira medida mais emblemática do seu Governo, no que tem que ver com o preço dos combustíveis, a aceitação de uma sugestão que já é minha enquanto candidato à liderança do CDS de 5 de março, mas na qual reincidimos no encerramento do congresso, e refiro-me à compensação daquilo que são valores absurdos do IVA, com uma descida do ISP para que não tenhamos de aguardar, a esse propósito, uma autorização de Bruxelas. Essa foi uma proposta do CDS, que o primeiro-ministro toma como sua”, destacou.

“Nisso muito daquilo que nós queremos que seja o CDS do futuro e com futuro, ou seja, um futuro que identifica problemas, mas que aponta soluções. É isso que nós queremos e se as soluções forem tidas como boas por outros, nomeadamente por quem governa, melhor ainda. Desde que esse selo, no caso um selo do CDS, seja muito percetível”, apontou.

Contudo, apesar desta convergência, Nuno Melo entende que há uma “total diferença” entre o que é o CDS e o que está a ser discutido no âmbito do Programa do Governo e do ponto de vista orçamental.

“Este Governo assenta num modelo, que é um modelo que é traduzido por isto: mais Estado. E desde 2015 há uma marca que eu acho que é bom que tenhamos todos presentes: desde 2015, Portugal atingiu um valor recorde de funcionários públicos, mais de 730 mil funcionários públicos, o que nos coloca em níveis da intervenção externa da Troika”, disse, falando ainda do aumento da inflação e dos valores “recorde da dívida”.

“O CDS é o oposto disso. Onde o Governo e o socialismo apostam em mais Estado, nós queremos empresas”, disse, referindo ainda que é “preocupante” a queda de Portugal na lista dos países mais pobres da União Europeia e falando depois do PRR.

“O PRR significando milhões e milhões e milhões de euros que deviam estar disponíveis para ajudar empresas, que têm que conviver com esta inflação, com o aumento das taxas de juro, com o aumento dos combustíveis (…) o PRR é dimensionado para a dimensão pública ao ponto de já nem estar sobre tutela da economia”, completou, numa referência ao facto de o PRR ter passado a ser gerido pelo Ministério liderado por Mariana Vieira da Silva, ao invés de ser gerido pelo Ministério da Economia, atualmente liderado por António Costa Silva, que definiu a visão estratégica do documento.

Recorde-se que Nuno Melo foi eleito presidente do CDS-PP, no passado dia 3 de abril, no 29.º Congresso nacional do partido, em Guimarães.

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