"A proposta de orçamento é, no fundamental, a proposta que foi rejeitada em outubro de 2021 e continua a recusar o conjunto de soluções pelas quais o PCP se bateu. Uma proposta que já era desajustada há cinco meses e mais desajustada é hoje, tendo em conta a degradação da situação nacional e internacional", sustentou a líder parlamenta comunista, Paula Santos, em conferência de imprensa, no parlamento.
O PCP foi o último partido com representação na Assembleia da República a reagir à proposta de OE2022 que foi hoje apresentada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.
Paula Santos considerou que o documento persiste "num caminho que aprofundará estrangulamentos, injustiças e desigualdades".
Sobre o aumento extraordinário nas pensões, a líder da bancada do PCP disse que "de extraordinário só lhe sobra o nome", uma vez que os dez euros "admitidos já foram consumidos pelo aumento dos preços" provocado pela inflação.
A também membro do Comité Central comunista referiu que "o objetivo de atingir um défice de 1,9%" evidencia, "mais uma vez", uma "obsessão pelo défice", que faz com que a proposta de Orçamento do Estado seja "prisioneira da submissão às imposições" da União Europeia.
Paula Santos acusou o Governo de desdobrar-se "em ações de propaganda" face à "perceção generalizada de que este orçamento, bem como o próprio Programa do Governo, não respondem aos problemas do país".
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