"Além da marca incontornável que deixa na representação, Eunice Munoz juntou a sua voz aos que defendem a abolição da tauromaquia e a proteção dos animais", escreveu Inês Sousa Real na rede social Twitter.
Eunice Muñoz morreu hoje, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, disse à agência Lusa o filho da atriz.
Nascida na Amareleja, no concelho de Moura, distrito de Beja, em 1928, Eunice Muñoz completou em novembro 80 anos de carreira.
Endereçando os pêsames à família e amigos da atriz, a porta-voz do PAN sublinhou que o "teatro e o país ficam mais pobres com a sua partida".
Para além da marca incontornável que deixa na representação, Eunice Muňoz juntou também a sua voz aos que defendem a abolição da tauromaquia e a proteção dos animais.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) April 15, 2022
Sentidos pêsames à sua família e amigos nesta hora de dor.
O teatro e o país ficam mais pobres com a sua partida. pic.twitter.com/KRyJlR4ZxZ
Filha e neta de atores de teatro e de artistas de circo, ao longo da carreira Eunice Muñoz entrou em perto de duas centenas de peças, trabalhou com cerca de uma centena de companhias, segundo a base de dados do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e, no cinema e na televisão, o seu nome está associado a mais de oito dezenas de produções de ficção, entre filmes, telenovelas e programas de comédia.
Em abril do ano passado, foi condecorada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, cerca de três anos depois de ter recebido a Grã-Cruz da Ordem de Mérito.
Ao longo de 2021, contracenou com a neta Lídia Muñoz, na peça "A margem do tempo", em diferentes palcos do país, numa digressão que culminou no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, em 28 de novembro, exatamente 80 anos após a sua estreia.
O Governo vai decretar luto nacional no dia do funeral da atriz Eunice Muñoz, anunciou o Ministério da Cultura.
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