IL pede mais apoio militar e reforço de sanções à Rússia

O presidente da Iniciativa Liberal defendeu hoje o reforço do apoio militar à Ucrânia e mais sanções à Rússia, e agradeceu o "testemunho vivo e direto" do Presidente Zelensky.

Notícia

© Getty Imagens

Lusa
21/04/2022 18:07 ‧ 21/04/2022 por Lusa

Política

Ucrânia

No final da sessão solene de boas-vindas ao Presidente da Ucrânia, na Assembleia da República, João Cotrim Figueiredo salientou que "a luta da Ucrânia é por si própria, mas também por todos nós".

"Tivemos ocasião de ouvir do Presidente Zelensky um testemunho vivo e direto do que se passa na Ucrânia e dos sacrifícios que os ucranianos estão a fazer em nome da sua integridade territorial e da democracia liberal", afirmou, em declarações aos jornalistas.

O deputado da Iniciativa Liberal apoiou o apelo do Presidente da Ucrânia para a continuação e reforço do apoio de Portugal.

"Apoios que não podem ser só logísticos e humanitários, têm de ser também em material militar. Espero que a presença do Governo signifique a anuência da continuação do apoio", apelou.

Cotrim Figueiredo salientou a referência feita pelo Presidente Zelensky às comemorações do 25 de Abril, na segunda-feira, e anunciou que na marcha que a Iniciativa Liberal fará nesse dia na Avenida da Liberdade, em Lisboa, contará com "várias organizações de ucranianos residentes em Portugal".

"Celebramos o dia da defesa da liberdade em todos os países onde ela estiver a ser atacada", sublinhou.

Questionado se Portugal pode fazer mais no apoio à pretensão da Ucrânia ver consagrado o estatuto de candidato à adesão à União Europeia, o presidente da IL considerou que "essa defesa tem sido robusta e suficiente"

"Coisa bem diferente é ser mais assertivo na escalada de sanções que têm de ser aplicadas a Rússia", disse, defendendo o embargo total ao petróleo e gás russos.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje armamento pesado e o reforço das sanções à Rússia, num discurso por videoconferência perante o parlamento português.

"Peço aceleração e reforço das sanções e também apoio militar, armamento", afirmou o chefe de Estado ucraniano, que pediu especificamente "armamento pesado", numa sessão solene de boas-vindas com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa.

De acordo com a tradução simultânea de ucraniano para português transmitida na Sala das Sessões, Volodymyr Zelensky acusou a Federação Russa de crimes de guerra, afirmando que as forças russas já capturaram e deportaram "mais de 500 mil ucranianos" e observando: "É o tamanho da população da cidade do Porto duas vezes".

"Imaginem se Portugal todo abandonasse o país", acrescentou o Presidente da Ucrânia, referindo-se aos refugiados causados por esta ofensiva militar.

Leia Também: "Nesta hora, em que só há lugar para Humanidade, somos todos Ucranianos"

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas