"Nós nunca fomos de pedir cabeças de pessoas porque o que interessa são as políticas que elas executam. Agora aqui já não é uma questão política, é uma questão quase de dignidade pessoal. Perante esta desautorização, eu nos sapatos do ministro Pedro Nuno Santos escrevia a carta demissão nos 30 segundos seguintes", disse João Cotrim Figueiredo à agência Lusa.
Na análise do líder liberal, "há zero condições" para Pedro Nuno Santos continuar como ministro.
Cotrim Figueiredo ressalvou, no entanto, que "cada um sabe de si".
"Aqui parece haver um jogo de quem é que fica com a culpa de afastar quem do Governo. Para essas lutas internas do PS o país não tem qualquer paciência", avisou.
João Cotrim Figueiredo considerou ser "altamente preocupante" que ao fim de três meses de Governo já haja "estes sinais de desagregação, de confusão, de falta de ordem da casa".
O primeiro-ministro, António Costa, determinou hoje a revogação do despacho publicado na quarta-feira sobre a solução aeroportuária para a região de Lisboa e reafirmou que quer uma negociação e consenso com a oposição sobre esta matéria.
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