"Ventura tem mais medo da liderança de Montenegro do que tinha da de Rio"

Os 100 dias de Governo e a moção de censura do Chega foram temas comentados, este domingo, por Luís Marques Mendes no seu espaço semanal, na SIC. "Na minha cabeça está tudo em aberto porque só em 2024 é que há a distribuição de cargos europeus", frisou o comentador, acerca de uma eventual saída de António Costa.

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Notícias ao Minuto
10/07/2022 22:32 ‧ 10/07/2022 por Notícias ao Minuto

Política

Luís Marques Mendes

Os 100 dias do (novo) Governo de António Costa foi um dos temas do habitual comentário de domingo de Luís Marques Mendes, na SIC. O social-democrata começou por falar na moção de censura do Chega ao Executivo - que foi chumbada, na semana passada, pela Assembleia da República - para apontar que o partido de André Ventura "ficou completamente isolado, como nem podia deixar de ser"

"Acho essa iniciativa [a moção] sem sentido. Uma coisa é censurar o Governo - qualquer partido pode fazer uma censura, uma crítica. Moção de censura visa destituir um Governo. Não se apresenta uma coisa destas quando o Governo acabou de iniciar funções", considerou, em seguida.

Para Marques Mendes, a moção "só serviu para uma coisa". E explicou: "Para mostrar que André Ventura tem mais medo da liderança de Luís Montenegro do que tinha da de Rui Rio, porque, digamos assim, aumentou os decibéis das críticas"

Outro facto "curioso, mas sem sentido" que o comentador destacou veio de um artigo que leu no Expresso, onde "fontes do PS e do Governo, preocupados com o Estado da governação" - depois do 'episódio' entre António Costa e Pedro Nuno Santos - pediam "uma remodelação [do Executivo] já a seguir ao verão". E, acrescentou, "até a falarem num nome, Carlos César, para fazer a coordenação política do Governo".

"Na minha cabeça está tudo em aberto porque só em 2024 é que há a distribuição de cargos europeus e essas oportunidades são sempre muito tentadoras"

"É outra coisa que só evidencia nervosismo. Não faz sentido fazer uma remodelação. Quando o Governo acabou, praticamente, de tomar posse? Quando quase não teve ainda nenhuma iniciativa de relevo a não ser o Orçamento?", questionou Marques Mendes, frisando, contudo, não estar surpreendido: "Eu já vi isto há uns anos com o Cavaquismo"

E explicou. "Ao fim de alguns anos, começam a vir ao de cima algumas características [de estar] há muito tempo no poder: cansaço, descoordenação, falta de iniciativa, ministros a especularem nos jornais... E isto significa o quê? Em primeiro lugar, cansaço". 

Mas, na ótica de Marques Mendes, há ainda outra questão 'em cima da mesa': 2024, "o ano que vai ser sensível". "Vamos ver o que acontece em 2024. Pode acontecer uma de duas coisas: ou continua tudo na mesma, ou o primeiro-ministro sai para um cargo europeu e aí podemos ter uma situação talvez ainda mais delicada do que hoje em dia temos". 

"Na minha cabeça está tudo em aberto porque só em 2024 é que há a distribuição de cargos europeus e essas oportunidades são sempre muito tentadoras", concluiu sobre este tema. 

Leia Também: "O que houve foi um ato de deslealdade política de Pedro Nuno Santos"

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