Chega quer inquérito anual do parlamento sobre o combate aos fogos

O presidente do Chega defendeu hoje um consenso na Assembleia da República para que o parlamento faça um inquérito e produza um "grande relatório anual" sobre o combate aos incêndios.

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Lusa
12/07/2022 13:45 ‧ 12/07/2022 por Lusa

Política

Chega

"Queria desafiar o parlamento e desafiar os restantes partidos da oposição e o partido do Governo de chegarmos a um acordo, que penso que acontece noutros países da União Europeia, de todos os anos ser feito um inquérito, por parte do parlamento, em matéria de combate aos incêndios", afirmou André Ventura, que falava aos jornalistas durante as Jornadas Parlamentares daquele partido, que decorrem na Figueira da Foz.

Segundo o líder do Chega, o inquérito seria uma "investigação ao que correu mal, à percentagem de terra ardida e ao que falhou em termos de controlo operacional".

O parlamento produziria em outubro "um grande relatório anual sobre o que falhou, sobre o que tem de ser transmitido ao Ministério Público e sobre o que se pode melhorar", acrescentou André Ventura.

"É algo que podemos consensualizar no Parlamento e é algo em que o Governo até poderia ter interesse em trabalhar, para não andarmos todos os anos com novos processos-crime, como novos processos de averiguação, propostas de comissões de inquérito", realçou.

Questionado sobre o cancelamento de viagens por parte do primeiro-ministro e do Presidente da República face ao risco de incêndio, André Ventura disse que faria o mesmo, considerando que "os líderes devem estar junto das pessoas quando o país enfrenta problemas".

O líder daquele partido de extrema-direita criticou ainda o Governo por ter transferido as competências associadas à limpeza de terrenos para as autarquias, quando estas "não têm meios nem recursos para cumprir a lei".

André Ventura falava no final da última sessão de debate das Jornadas Parlamentares do Chega, dedicada à educação, que contou com a participação da diretora pedagógica do Conservatório de Música David de Sousa, na Figueira da Foz, Cristina Loureiro, e do diretor do curso de licenciatura em filosofia da Universidade de Coimbra, Alexandre Franco de Sá.

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