No seu habitual comentário semanal no ‘Jornal da Noite’ na SIC, Luís Marques Mendes comentou o regresso ao trabalho de António Costa, esta semana.
O comentador começou por desejar que as férias do primeiro-ministro tenham corrido bem e que venha “com energia” porque espera-lhe uma “tarefa árdua nos próximos meses, porque como se viu em mais uma sondagem esta semana, o PS está a baixar. Ainda tem maioria confortável mas está em descida”.
O social democrata considera que há hoje mais pessoas a “desaprovar a sua governação”, algo que é novo na liderança de Costa e que, segundo o mesmo, trata-se de algo que “não é de espantar”.
“Nos últimos dois meses tivemos um conjunto de polémicas que foram muito desgastantes. Já não falo da Patrícia Gaspar ou Mariana Vieira da Silva que tiveram declarações infelizes. Mas há outras quatro polémicas”, apontou, explicando que se referia a Marta Temido e ao caos na Saúde, a Pedro Nuno Santos e à crise do aeroporto, Fernando Medina e a polémica com a contratação de Sérgio Figueiredo e ainda às declarações polémicas da ministra da Agricultura.
Tudo isto, defende Luís Marques Mendes “são factos e não são invenção” e representam “falhas” que provocam uma “fadiga da governação”, não valendo a António Costa a sua "habilidade política" uma vez que esta “muitas vezes ajuda apenas a disfarçar”.
Perante estas falhas, o comentador da SIC considerou que o “Governo precisa reganhar iniciativa política, ter ações, tomar decisões e começar a fazer coisas”.
“É um governo de maioria absoluta, e tem por isso mais condições. Dantes o governo queixava-se dos parceiros. Agora já não precisa disso", atirou.
Marques Mendes não terminou sem deixar, contudo, um apontamento positivo à atuação do Governo no que diz respeito à resposta deste ao aumento dos preços do gás, anunciados pela EDP e pela Galp.
"[O Governo] Merece ser cumprimentado. Reagiu com rapidez da decisão da Galp e Edp. [...] Duarte Cordeiro também a apresentou de forma eficaz", rematou.
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