Bloco defende que pacote do Governo está "cheio de truques"
O Bloco de Esquerda estimou hoje que quase metade do pacote de apoios sociais apresentado pelo Governo limita-se a antecipar pensões a que os pensionistas já tinham direito por lei, caracterizando-se assim como "um truque de finanças".
© Global Imagens
Política Inflação
Esta crítica foi feita pela dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, no parlamento, em reação à conferência de imprensa desta manhã do Governo sobre as medidas sociais adotadas para combate aos efeitos da inflação.
"A conferência de imprensa de hoje [do Governo] apenas confirma que o pacote de medidas apresentado [na segunda-feira] pelo primeiro-ministro vem tarde, é curto e está mesmo cheio de truques", sustentou a deputada bloquista.
Da conferência de imprensa de hoje, segundo Mariana Mortágua, "há uma única novidade" em relação aos dados apresentados pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.
"Ficamos a saber que quase metade do pacote de combate à inflação é composto apenas pela antecipação das pensões a que os pensionistas já teriam direito em 2023. Quase metade do pacote apresentado é um truque de finanças que antecipa pensões a que os pensionistas já tinham direito no próximo ano", acentuou Mariana Mortágua.
Na perspetiva da deputada do Bloco de Esquerda, na sequência das mais recentes decisões tomadas pelo Governo, "continua-se sem respostas robustas e com apenas com um conjunto de truques de ilusionismo que pouca diferença faz na vida das pessoas".
"As pessoas continuam a ver a sua pensão e o seu salário não chegar ao fim do mês por via do aumento do custo de vida. Quem esperava uma redução da gasolina ou no preço do gasóleo não viu essas medidas. Quem esperava medidas robustas para aumentar os salários e as pensões o que encontrou foi uma grande desilusão", acrescentou.
Leia Também: Pacote 'anti-inflação' é "eficaz na resposta", mas também é "prudente"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com