No requerimento, o PSD refere notícias divulgadas nos últimos dias e que dão nota do encerramento de 23 balcões pela CGD, salientando que "desde 2012 já tinham sido encerradas mais de 300 agências".
Numa pergunta dirigida a Fernando Medina e assinada à cabeça pelo líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, os sociais-democratas querem sair se o ministro se pronunciou "direta ou indiretamente, formal ou informalmente, em algum momento" durante este processo.
"Foram as autarquias envolvidas ou informadas deste processo? Que conhecimento tem o Ministério sobre os critérios que conduziram à escolha dos balcões a encerrar?", perguntam ainda.
O PSD quer ainda saber como responde o Governo às acusações dos trabalhadores de que "não foram atempadamente informados sobre o encerramento e que foram notificados em cima da hora para se apresentarem noutros locais de trabalho".
"Tem conhecimento que a CGD exige às Freguesias o pagamento de 500 euros por mês para a manutenção das ATM nos locais onde outrora existiam balcões?", questionam.
Finalmente, o PSD quer saber que diligências tomou este Ministério, como representante do acionista Estado, para "acautelar as necessidades das populações e o interesse público".
No requerimento, o PSD salienta que a CGD "é uma das mais importantes instituições financeiras portuguesas, sendo o respetivo capital social detido pelo acionista único, o Estado português"
"Os resultados líquidos têm crescido consistentemente nos últimos anos, atingindo 583,6 milhões de euros em 2021, o que assegurou ao Estado a distribuição acumulada de dividendos neste montante (2019-2021)", referem, por outro lado.
Para o PSD, o Ministério das Finanças "não pode manter-se à margem do que está a acontecer, dado que representa o acionista, por um lado, e, por outro, dada a existência de matéria de interesse público".
Em comunicado divulgado no passado dia 12 de agosto, o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) revelou que a administração da CGD pretendia encerrar 23 balcões em todo o país, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Porto, até final deste mês, não obstante ter registado um "lucro de 486 milhões [de euros] no primeiro semestre de 2022".
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