Em comunicado, o PCP argumenta que a decisão do BCE "vai ter um fortíssimo impacto negativo", principalmente nas condições de financiamento de países europeus periféricos, como Portugal em que os créditos à habitação estão indexados à Euribor.
"Os impactos da inflação, que os propagandistas do Euro anunciavam não mais voltar com a moeda única - longe de ser passageira e indissociável das sanções e da guerra [...] - devem ser combatidos através de medidas de valorização dos salários, das reformas e das pensões, do controlo dos preços e intervenção pública nos mercados de bens e serviços essenciais", defendem os comunistas.
O PCP apela à intervenção do Estado "na política de preços e na oferta dos bens e serviços essenciais, assim como o aumento geral dos salários, das pensões e reformas, e a aposta na produção nacional".
Para o partido, a decisão do BCE prejudica Portugal, mas beneficia países como a Alemanha, e foi feita para "assegurar os lucros extraordinários do grande capital mesmo que à custa do definhamento económico -- se não mesmo recessão -- e empobrecimento da população".
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