Itália? PCP pede luta contra revisionismo que "banaliza" o fascismo
O PCP considerou hoje que a perspetiva de um Governo de extrema-direita em Itália "é inquietante" e obriga à intensificação da "luta contra o revisionismo histórico que branqueia e banaliza os crimes do nazifascismo".
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Política PCP
Em comunicado, a direção comunista sustenta que a ideia de um Governo de extrema-direita em Itália, a terceira maior economia da Zona Euro, "é inquietante e confirma a necessidade de intensificar a luta contra o revisionismo histórico que branqueia e banaliza os crimes do nazifascismo enquanto promove o anticomunismo".
A coligação liderada pelo partido de extrema-direita Fratelli d'Italia (Irmãos de Itália), de Giorgia Meloni, está "comprometida com o legado do fascismo" de Benito Mussolini, acrescenta o PCP - a previsível próxima primeira-ministra italiana demonstrou publicamente afeição à ditadura que governou o país entre 1922 e 1943.
Na perspetiva dos comunistas portugueses, a vitória declarada pela extrema-direita nas eleições legislativas de domingo é consequência da "profunda crise" político-económica e social "em que Itália está mergulhada" por causa da ação de sucessivos executivos que seguiam as orientações de Bruxelas, incluindo o último, liderado por Mario Draghi.
"A ascensão de uma força marginal à mais votada é inseparável da sofisticada mediatização e descarada promoção da figura de Giorgia Meloni e da normalização do Irmãos de Itália, um partido com uma trajetória de cariz fascizante", argumenta o PCP.
Ainda "é cedo para avaliar todas as implicações" do resultado das eleições, mas o PCP já encontra "profissões de fé neoliberal e 'atlantista' à medida dos interesses do grande capital" daquele país.
"O PCP confia, porém, em que os trabalhadores e o povo italiano, coerente com as suas tradições democráticas e progressistas, acabarão por derrotar as forças reacionárias e os projetos fascizantes", finaliza a nota divulgada pelo partido.
A coligação de direita e extrema-direita, liderada pelos Irmãos de Itália, pode obter entre 41% a 45% dos votos nas legislativas realizadas no domingo em Itália, segundo as sondagens à boca das urnas.
A participação nas eleições gerais da Itália no domingo foi de cerca de 63,81%, abaixo do valor de 72,9% registado nas eleições de 2018, disse a ministra do Interior italiana, Luciana Lamorgese.
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