O presidente do PSD, Luís Montenegro, considerou, na noite desta terça-feira, que "ser oposição também é ajudar a governar, também é pressionar o Governo. E também é, pelo menos, denunciar os erros e omissões do Governo".
Em declarações proferidas durante a Tomada de Posse da Comissão Política Distrital do PSD da Guarda, o líder do partido defendeu que essa "é uma tarefa que, em democracia, também enobrece os intervenientes que nela participam".
Tendo isso em consideração, o dirigente do principal partido da oposição ao Executivo socialista prometeu "cumprir" aquilo que o povo português "endossou" ao PSD enquanto sua "principal responsabilidade".
"Vamos cumprir essa missão, também, para mostrar a qualidade que podemos oferecer depois como governantes. Nós vamos ser bons a fazer oposição, para sermos muito melhores depois a governar o país", explicou Luís Montenegro.
Defendendo que o "país precisa dessa oposição, da exigência, da vigilância, do escrutínio", o social-democrata prometeu ainda que o partido que lidera vai tentar "não deixar passar nada em claro" e "não dar descanso ao Governo". Até porque, como elaborou: "Para descanso ele já tem lá que chegue. Aliás, eles não fazem outra coisa que não descansar".
"Há duas coisas que eles fazem bem: powerpoints, anúncios e intenções; e é, depois, descansarem sobre isso", acrescentou ainda Luís Montenegro, que referiu ainda que esse é um ideal que faz parte da "mentalidade" socialista". "O PS tem esse condão. É muito bom a fazer o show-off, a fazer apresentações e a projetar decisões, mas depois é mau a executar", apontou.
Na ótica do dirigente do partido, "também é por isso que o Orçamento do Estado vale cada vez menos, porque aquilo é um conjunto de intenções que, depois, não se materializa, não se executa. E de boas intenções nós sabemos o que está cheio", concluiu Montenegro.
Abordando ainda o "resultado das governações do partido socialista", o social-democrata lembrou ainda aquilo que considera ser o "fracasso das políticas que o país tem seguido nas últimas décadas".
"Fracasso esse que se espelha nas dificuldades [do país], que são recorrentes. Sete anos com o engenheiro Guterres? Um pântano. Sete anos com o engenheiro Sócrates? Uma bancarrota. Agora sete anos com o doutor António Costa? O maior empobrecimento de que há memória num tão curto espaço de tempo", explicou.
Na perspetiva de Luís Montenegro, existem "múltiplas demonstrações do falhanço clamoroso que o PS tem tido à frente do Governo". Algo que, "neste caso concreto, se manifesta naquilo que é um país onde as pessoas, famílias, instituições e empresas pagam cada vez mais impostos".
O líder do principal partido da oposição concluiu o raciocínio dizendo que isso é "o mesmo que dizer onde nós, sociedade, entregamos ao Estado cada vez mais daquela riqueza que somos capazes de gerar e criar, e cada vez recebemos menos em troca".
Estas declarações foram proferidas durante a Tomada de Posse da Comissão Política Distrital do PSD da Guarda, que teve início pelas 21 horas desta terça-feira no Hotel Lusitânia, na referida cidade.
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