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Costa sem "condições para governar". CDS quer dissolução do Parlamento

Partido reage depois de ser conhecida a demissão de Carla Alves, que esteve pouco mais de 24 horas no cargo de secretária de Estado da Agricultura.

Costa sem "condições para governar". CDS quer dissolução do Parlamento
Notícias ao Minuto

22:04 - 05/01/23 por Carmen Guilherme

Política CDS

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, defendeu, esta quinta-feira, que o primeiro-ministro, António Costa, "deixou de ter condições para governar o país" e que "só a dissolução do Parlamento evitará que Portugal se afunde mais".

Numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Nuno Melo aborda a mais recente demissão no Governo socialista - a saída da nova secretária de Estado da Agricultura apenas 24 horas depois da tomada de posse - bem como a demissão de Alexandra Reis, ex-secretária de Estado do Tesouro, para defender que, "uma vez mais", o CDS teve "razão antes de todos os outros partidos".

"O CDS-PP foi o primeiro partido a pedir a demissão da Secretária de Estado do Tesouro. A Secretária do Tesouro demitiu-se passadas 24 horas", destacou. "O CDS-PP foi o primeiro partido a pedir a demissão da Secretária de Estado da Agricultura. A Secretária de Estado da Agricultura nem 24 horas esteve no Governo", acrescentou ainda.

Desta forma, o CDS "insiste na dissolução do Parlamento e marcação de eleições antecipadas, por colapso total da governação socialista"

"Depois da defesa que o primeiro-ministro fez no Parlamento da Secretária de Estado da Agricultura agora demissionária, o primeiro-ministro deixou de ter condições para governar o país", defende o líder centrista.

Nuno Melo considera que a governação "caótica socialista gera uma profunda instabilidade que prejudica o funcionamento regular das instituições democráticas e o desenvolvimento do país".

"Este Governo socialista está esgotado com mais este caso e com mais esta demissão. O país está sem homem ao leme e o barco está à deriva. Só a dissolução do Parlamento evitará que Portugal se afunde mais a cada mês que passa", lê-se.

O presidente do CDS remata reiterando que "os portugueses merecem ser chamados a resolver esta crise política".

Recorde-se que, no Parlamento, António Costa, notou que Carla Alves lhe garantiu que declarou todos os rendimentos fiscais que prestou, referindo que confia "na palavra das pessoas"

"Neste caso é claro: o MP já investigou tudo, e vou ser eu a substituir-me ao MP? A não ser que a senhora deputada saiba algo que não sei. Vou demitir uma mulher porque o marido foi acusado? Qual é o caso da ética? É ser casada com alguém que foi acusado?", questionou o primeiro-ministro.

Contudo, pouco depois, o Presidente da República admitiu que o caso não tinha "inconstitucionalidades", mas era um "peso político negativo". Às palavras de Marcelo, seguiu-se a demissão "por entender não dispor de condições políticas e pessoais para iniciar funções no cargo", tal como foi revelado pelo gabinete da ministra da Agricultura.

De lembrar ainda que o Correio da Manhã noticiou hoje o arresto de contas conjuntas que Carla Alves tem com o marido, informação divulgada menos de 24 horas depois da tomada de posse como secretária de Estado da Agricultura.

O Ministério Público acusou de vários crimes e mandou arrestar bens do advogado e antigo autarca socialista, que saiu da liderança do município em 2017, num processo de mais de 4,7 milhões de euros que tem mais três arguidos.

Leia Também: BE elogia decisão de Carla Alves, que concluiu "contrário" de Costa

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