Costa sem "condições para governar". CDS quer dissolução do Parlamento
Partido reage depois de ser conhecida a demissão de Carla Alves, que esteve pouco mais de 24 horas no cargo de secretária de Estado da Agricultura.
© GlobalImagens
Política CDS
O líder do CDS-PP, Nuno Melo, defendeu, esta quinta-feira, que o primeiro-ministro, António Costa, "deixou de ter condições para governar o país" e que "só a dissolução do Parlamento evitará que Portugal se afunde mais".
Numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso, Nuno Melo aborda a mais recente demissão no Governo socialista - a saída da nova secretária de Estado da Agricultura apenas 24 horas depois da tomada de posse - bem como a demissão de Alexandra Reis, ex-secretária de Estado do Tesouro, para defender que, "uma vez mais", o CDS teve "razão antes de todos os outros partidos".
"O CDS-PP foi o primeiro partido a pedir a demissão da Secretária de Estado do Tesouro. A Secretária do Tesouro demitiu-se passadas 24 horas", destacou. "O CDS-PP foi o primeiro partido a pedir a demissão da Secretária de Estado da Agricultura. A Secretária de Estado da Agricultura nem 24 horas esteve no Governo", acrescentou ainda.
Desta forma, o CDS "insiste na dissolução do Parlamento e marcação de eleições antecipadas, por colapso total da governação socialista".
"Depois da defesa que o primeiro-ministro fez no Parlamento da Secretária de Estado da Agricultura agora demissionária, o primeiro-ministro deixou de ter condições para governar o país", defende o líder centrista.
Nuno Melo considera que a governação "caótica socialista gera uma profunda instabilidade que prejudica o funcionamento regular das instituições democráticas e o desenvolvimento do país".
"Este Governo socialista está esgotado com mais este caso e com mais esta demissão. O país está sem homem ao leme e o barco está à deriva. Só a dissolução do Parlamento evitará que Portugal se afunde mais a cada mês que passa", lê-se.
O presidente do CDS remata reiterando que "os portugueses merecem ser chamados a resolver esta crise política".
Recorde-se que, no Parlamento, António Costa, notou que Carla Alves lhe garantiu que declarou todos os rendimentos fiscais que prestou, referindo que confia "na palavra das pessoas".
"Neste caso é claro: o MP já investigou tudo, e vou ser eu a substituir-me ao MP? A não ser que a senhora deputada saiba algo que não sei. Vou demitir uma mulher porque o marido foi acusado? Qual é o caso da ética? É ser casada com alguém que foi acusado?", questionou o primeiro-ministro.
Contudo, pouco depois, o Presidente da República admitiu que o caso não tinha "inconstitucionalidades", mas era um "peso político negativo". Às palavras de Marcelo, seguiu-se a demissão "por entender não dispor de condições políticas e pessoais para iniciar funções no cargo", tal como foi revelado pelo gabinete da ministra da Agricultura.
De lembrar ainda que o Correio da Manhã noticiou hoje o arresto de contas conjuntas que Carla Alves tem com o marido, informação divulgada menos de 24 horas depois da tomada de posse como secretária de Estado da Agricultura.
O Ministério Público acusou de vários crimes e mandou arrestar bens do advogado e antigo autarca socialista, que saiu da liderança do município em 2017, num processo de mais de 4,7 milhões de euros que tem mais três arguidos.
Leia Também: BE elogia decisão de Carla Alves, que concluiu "contrário" de Costa
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com