É "verdadeiramente estranho" que seja o PS "a degradar" Educação
Antiga líder do PSD, que foi também ministra da Educação, fala sobre "degradação" no sistema educativo - algo que não é uma "novidade".
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Política Educação
Manuela Ferreira Leite defendeu, esta quinta-feira, que a luta dos professores é "justa", deixando críticas ao Partido Socialista (PS), que acusa de estar a "degradar" o estado da Educação.
"É evidente que é justa esta luta dos professores e também não é nenhuma novidade", começou por dizer Manuela Ferreira Leite, que foi ministra da Educação, em declarações à CNN Portugal.
Para a comentadora, "a degradação" que existe no sistema educativo "não é de agora" e já se vinha a sentir "há muito tempo".
"Não nos podemos esquecer que este Governo está em funções há sete anos, que admito que não pudesse resolver tudo, mas uma coisa é não resolver tudo, outra coisa é não resolver nada", apontou.
"E, portanto, nós estamos numa situação em que nada foi resolvido para enfrentar os problemas que se iam seguramente pôr", acrescentou ainda a antiga líder do Partido Social Democrata (PSD).
É verdadeiramente estranho que seja o Partido Socialista a degradar aquilo que é as funções fundamentais sociais do Estado como é o caso da Educação e como é o caso da Saúde
Questionada sobre se este não era um problema que já vinha antes dos Governos de António Costa, Manuela Ferreira Leite admitiu que sim, mas fez questão de destacar "o amor pela Educação" atribuído ao PS.
"Já vinha de antes deste Governo, mas também não vale a pena continuar ainda a insistir, a falar da Troika. Primeiro porque a Troika veio para cá por motivos que nós sabemos e, em segundo lugar, também não vale a pena ir tanto atrás porque quem tem sempre a paixão pela Educação, o amor pela Educação ou a exaltação da Educação tem sido sempre o Partido Socialista", defendeu.
"Não nos podemos esquecer que a função social que desempenha a Educação é de tal forma forte, determinante em qualquer sociedade, que é defendida por toda a gente. Portanto, é verdadeiramente estranho que seja o Partido Socialista a degradar aquilo que é as funções fundamentais sociais do Estado como é o caso da Educação e como é o caso da Saúde", atirou.
Para a também antiga ministra das Finanças, esta degradação acontece porque há "ajustamentos" necessários que "não foram feitos" e, certos aspetos, que eram "previsíveis", como "a falta de professores", mas também por questões "de natureza ideológica".
"Tudo tem grandes encargos financeiros, é evidente que tem, mas daí até não se revolver nada é um pouco excessivo", sublinhou, rematando com a ideia de que a "qualidade de ensino tem-se degradado muito".
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