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"Necessidade democrática". PSD quer "cabal esclarecimento do dossier TAP"

"É uma necessidade democrática e uma exigência nacional", frisou ainda o vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD).

"Necessidade democrática". PSD quer "cabal esclarecimento do dossier TAP"
Notícias ao Minuto

19:13 - 06/03/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Miguel Pinto Luz

O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) exigiu ao Governo, esta segunda-feira, após conferência de imprensa em Lisboa, em que foram apresentados os resultados do relatório da IGF sobre a saída de Alexandra Reis da TAP, um "cabal esclarecimento do dossier TAP".

Perante uma situação de "enorme gravidade", Miguel Pinto Luz, em conferência de imprensa, na sede nacional do partido, frisou que "é uma necessidade democrática e uma exigência nacional".

Nesse sentido, o PSD atira que "não se dá por satisfeito com estas demissões e insistirá nas idas da CEO e do chairman da TAP à comissão de inquérito sobre a TAP no Parlamento", até porque considera que existem ainda "muitos esclarecimentos por dar" neste caso concreto.

"Medina está hoje ainda mais diminuído", sentenciou Miguel Pinto Luz, pedindo tanto ao ministro das Finanças como ao primeiro-ministro António Costa que "assumam as suas responsabilidades".

No que denomina de “uma autentica trapalhada demasiado cara para ser esquecida”, o vice do PSD denuncia "hoje é claro que gestão da TAP reveste-se de negligência, falta de capacidade e transparência".

Para o PSD, as ilegalidades da indemnização de Alexandra Reis "não podem ser consideradas apenas um problema do foro interno da TAP, são um assunto político e de responsabilidade direta das tutelas da companhia".

"Teremos de esclarecer cabalmente razões de Fernando Medina para escolher Alexandra Reis para sua secretária de Estado do Tesouro", defendeu, considerando que hoje "foi mais um dia infeliz para a TAP".

Perante a insistência dos jornalistas na pergunta se o PSD defende a saída de Medina do Governo, Pinto Luz remeteu essa responsabilidade, em primeiro lugar, para António Costa.

"Essas decisões cabem ao primeiro-ministro, é ele o responsável pelo seu elenco, cabe a ele e ao próprio ministro das Finanças tirarem essas ilações (...)", apontou.

A IGF concluiu que o acordo celebrado para a saída de Alexandra Reis da TAP é nulo, adiantou hoje o Governo, que vai pedir a devolução da indemnização.

Na sequência das conclusões do relatório, o Governo exonerou o presidente do Conselho de Administração e a presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, e anunciou que escolheu Luís Silva Rodrigues, que atualmente lidera a SATA, para assumir ambos os cargos.

O vice-presidente do PSD salientou que foi atribuída "uma indemnização ilegal", com autorização do Governo, a alguém "da confiança de Fernando Medina", que escolheu Alexandra Reis para secretária de Estado do Tesouro, cargo do qual se demitiu no final de dezembro na sequência desta polémica.

"Já não restam dúvidas absolutamente nenhumas das conivências da tutela", disse, considerando que este caso está envolto "numa espessa nebulosa, contradições e tentativa de fuga às responsabilidades".

Miguel Pinto Luz enumerou algumas perguntas que o PSD considera ainda não terem tido resposta: "Alexandra Reis demitiu-se ou foi demitida? Se foi demitida, por que razão? As razões da demissão mantêm-na compatível para ser presidente da NAV? Quem sabia afinal desta indemnização, qual o papel dos administradores nomeados pelo Estado e do ministro das Finanças, em particular?".

Pinto Luz acusou ainda o Governo de gerir com "leviandade e ligeireza assuntos de Estado", recordando o episódio de autorização via mensagem telefónica conferida pelo ex-ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a esta indemnização.

Em dezembro passado, Alexandra Reis tomou posse como secretária de Estado do Tesouro, tendo então estalado a polémica sobre a indemnização que recebeu quando saiu da companhia aérea detida pelo Estado (500 mil euros).

[Notícia atualizada às 20h09]

Leia Também: TAP. Alexandra Reis terá de devolver 450.110 euros da verba recebida

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