TAP? "Atos lesivos desta administração têm de ser passados a pente fino"
Declarações de Mariana Mortágua surgem após o Governo ter determinado a exoneração do presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e da CEO da companhia aérea, Christine Jeanne Ourmières-Widener.
© Global Imagens
Política Bloco de Esquerda
A candidata à liderança do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, considerou esta segunda-feira que os "atos lesivos" praticados até agora pela administração da TAP "têm de ser passados a pente fino".
Até porque, na ótica da deputada, "há indícios de que esta administração toma decisões contra os interesses da TAP e cometendo, até, algumas irregularidades".
Na perspetiva da bloquista, "continua a ser uma perplexidade como é que foi necessário que todo este caso viesse a público e que o ministro das Finanças tivesse conhecimento dele ao mesmo tempo que qualquer cidadão teve".
Isto porque, elaborou Mortágua, "o ministro das Finanças tinha uma responsabilidade acrescida, que era a tutela sobre a TAP".
A deputada bloquista destacou, ainda, que há "toda uma cadeia de informação que continua a não ser clara" no que concerne a todo este caso. Nomeadamente: "Será que o administrador financeiro tinha ou não tinha conhecimento do que aconteceu? Informou ou não informou o Ministério das Finanças?"
Mariana Mortágua considerou, ainda, que há uma outra questão "que merece ser esclarecida" na sequência da polémica indemnização de 500 mil euros paga a Alexandra Reis, ex-secretária de Estado do Tesouro, quando abandonou a liderança da companhia aérea.
"Mesmo a CEO e a administração, que tomaram levianamente a decisão de dar uma indemnização de 500 mil euros a uma administradora, que outras decisões terão tomado, com a mesma leviandade e cometendo outras irregularidades?", questionou ainda.
As declarações de Mariana Mortágua surgem após o Governo ter determinado a exoneração do presidente do Conselho de Administração da TAP, Manuel Beja, e da CEO da companhia aérea, Christine Jeanne Ourmières-Widener.
Fernando Medina garantiu, ainda, que não haverá direito a pagamento de indemnizações aos dois líderes que vão agora cessar funções. No entanto, "serão pagas as compensações devidas no âmbito da lei".
[Notícia atualizada às 19h33]
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