O vice-presidente do Partido Social Democrata, Paulo Rangel, considerou, esta quinta-feira, que as declarações feitas por Marcelo Rebelo de Sousa no dia em que assinala sete anos no cargo de Presidente da República foram dadas numa entrevista "muito realista".
"Mostrou, como ele disse, que estamos perante uma maioria requentada e cansada, que ao fim de um ano está esgotada", referiu o social-democrata.
Em declarações aos jornalistas, na Madeira, Rangel apontou que esta era uma crítica "fortíssima" ao Governo. "E da qual, naturalmente, o primeiro-ministro tem de tirar consequências", atirou.
Questionado sobre Marcelo ter dito que não prescindia do "poder de dissolver" a Assembleia da República, o eurodeputado foi assertivo no que diz respeito à posição do seu partido. "O PSD está sempre preparado, mas não há dúvidas de que, se esse momento chegar, naturalmente, o PSD estará ainda mais preparado do que está hoje", garantiu.
Tendo em conta as críticas deixadas por Marcelo em vários temas, nomeadamente, na TAP, na Saúde ou na Habitação, Rangel considerou que este não era um bom sinal. "Isto não é um bom dia. Quando o Presidente da República tem de chegar ao foi de sete anos do mandato e dizer que estamos perante uma maioria cansada e cansada", repetiu.
Durante a sua intervenção, o responsável frisou ainda que o chefe de Estado chamou à atenção para o "enfraquecimento político do ministro das Finanças", Fernando Medina. "Disse que eram radiações em cima de radiações", referiu. Rangel notou ainda que, no âmbito da TAP, para além de falar em Medina, Marcelo deixou claro que ainda havia eventuais consequências políticas a tirar neste caso. "A tal onda de radiações ainda não teve ter terminado", rematou.
[Notícia atualizada às 22h20]
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