"Emmanuel Macron decidiu usar um artigo duma lei para poder aumentar a idade da reforma sem passar pelo parlamento. É uma medida excecional, autoritária, digna de ditaduras. É isto o neoliberalismo europeu, passar por cima da democracia para assaltar as pensões e os salários de quem trabalha", criticou Catarina Martins, durante um jantar comemorativo dos 24 anos do Bloco de Esquerda, em Braga.
A reforma das pensões defendida pelo governo do Presidente Emmanuel Macron inclui o aumento da idade da reforma para 64 anos, a partir dos atuais 62.
Macron fez aprovar a reforma do sistema de pensões na quinta-feira, sem passar pela Assembleia Nacional, usando um artigo da Constituição que permite evitar a aprovação parlamentar.
Para Catarina Martins, trata-se de um "ataque autoritário contra o trabalho", que não pode passar em lado nenhum.
"Emmanuel Macron e os ataques autoritários contra o trabalho não podem passar em lado nenhum, nem em França, nem em Portugal", disse a líder bloquista.
Leia Também: Catarina Martins diz que preço das casas põe "todas as gerações à rasca"