PCP considera medidas do Governo "manifestamente limitadas e parcelares"

O PCP considerou hoje que o pacote de medidas do Governo é "manifestamente limitado e parcelar" e não responde aos problemas enfrentados pela população, defendendo o aumento geral dos salários e a fixação de preços dos bens essenciais.

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Lusa
24/03/2023 14:22 ‧ 24/03/2023 por Lusa

Política

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Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, considerou que as medidas anunciadas pelo Governo são limitadas para responder a problemas como o aumento do custo de vida, a perda de poder compra ou "os escandalosos lucros dos grupos económicos".

As medidas "não só não respondem a este conjunto de problemas, como consolidam o aumento dos preços dos bens essenciais e não combatem a especulação por parte dos preços e dos lucros que muitos grupos económicos têm ganho", reforçou.

A deputada comunista antecipou que a taxa zero no IVA dos bens alimentares essenciais vai ser absorvida pelos lucros da grande distribuição, e não se vai traduzir numa "redução do preço dos bens essenciais".

"Nós já tivemos a experiência no nosso país do que significou a redução do ISP nos combustíveis: não teve uma tradução na mesma ordem de grandeza nos preços para as populações e acabou por ser absorvida pelas petrolíferas. Não há nenhuma garantia que assim não seja relativamente a esta medida", frisou.

Paula Santos defendeu que o Governo deveria ter intervindo no mercado e fixado os preços dos bens essenciais, recordando que o executivo já estabeleceu uma tarifa regulada no mercado do gás e da eletricidade e intervém no mecanismo da formação de preços dos medicamentos.

"É necessária uma intervenção por parte do Governo para controlar e fixar o preço dos bens essenciais, porque é aí que garante que (...) não há este roubo que está a acontecer neste momento junto das populações", disse.

Já no que se refere ao aumento salarial de 1% na função pública, a líder parlamentar do PCP considerou que esse valor "nem sequer cobre a inflação do ano de 2022" e continua a "impor a perda de poder de compra", numa altura em que se impõe a "valorização dos salários de todos os trabalhadores".

"Aquilo que é efetivamente necessário no momento que vivemos no nosso país é aumentar os salários, aumentar as pensões, reforçar o poder de compra, valorizar o poder de compra dos trabalhadores, dos reformados, das famílias, é controlar os preços dos bens essenciais para que efetivamente não haja aqui componente especulativa nos seus preços", resumiu.

O Governo vai reduzir o IVA dos bens alimentares essenciais, anunciou hoje o ministro das Finanças, Fernando Medina, colocando a taxa em zero no cabaz de bens essenciais.

Foi igualmente anunciado que os funcionários públicos vão ter um novo aumento salarial de 1% este ano e uma subida no subsídio de alimentação.

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