Carlos Guimarães Pinto, deputado da Iniciativa Liberal (IL), recorreu ao Twitter, este sábado, para comentar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à tutela política da gestão da TAP.
Embora o mote incida, em particular, com a avaliação do comportamento e responsabilidades da TAP durante a entrada e saída de Alexandra Reis, também pretende compreender a gestão da companhia aérea e as responsabilidades políticas do Governo.
"A TAP até era uma empresa bastante escrutinada e num mercado competitivo. Imaginem o que se saberia se houvesse uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] à gestão de todas as empresas públicas e respetiva relação com as tutelas ao longo dos últimos 30 anos", referiu o deputado do IL, numa publicação partilhada na rede social.
A TAP até era uma empresa bastante escrutinada e num mercado competitivo. Imaginem o que se saberia se houvesse uma CPI à gestão de todas as empresas públicas e respetiva relação com as tutelas ao longo dos últimos 30 anos
— Carlos Guimarães Pinto (@carlosgpinto) April 1, 2023
O Governo anunciou a exoneração da presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener,a e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, em 06 de março, depois de anunciados os resultados de uma auditoria da (IGF), que concluiu que o acordo para a saída de Alexandra Reis é nulo e grande parte da indemnização de perto de meio de milhão de euros terá de ser devolvida.
A polémica começou no final de dezembro, altura em que o Correio da Manhã noticiou que a então secretária de Estado do Tesouro tinha recebido uma indemnização de cerca de 500.000 euros para sair dois anos antes do previsto da administração da empresa.
O processo foi negociado ao abrigo do código das sociedades comerciais, quando a TAP está abrangida pelo estatuto do gestor público.
O caso motivou uma remodelação no Governo, incluindo a saída do ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.
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