"Primeiro-ministro merece uma condenação por desonestidade política"

Luís Montenegro acusou António Costa de fazer uma "festa" ao dar "aos pensionistas e aos reformados aquilo que já é deles". Considerou ainda que o anúncio do aumento de pensões terá como objetivo "agradar eleitoralmente".

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Márcia Guímaro Rodrigues
17/04/2023 18:14 ‧ 17/04/2023 por Márcia Guímaro Rodrigues

Política

Luís Montenegro

O líder do PSD, Luís Montenegro, reagiu, esta segunda-feira, ao anúncio do aumento das pensões e considerou que o primeiro-ministro, António Costa, “merece uma condenação por desonestidade política”.

“O primeiro-ministro merece uma condenação por desonestidade política. Por duas razões e as duas agravadas”, começou por referir em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

E explicou: “Em primeiro lugar porque o primeiro-ministro confessou hoje que, afinal, tinha mesmo cortado mil milhões de euros, como se recusou a assumir nos últimos meses, quando não aplicou a atualização dos valores das pensões em janeiro de 2023”.

Luís Montenegro afirma que a condenação “é agravada” porque António Costa “aparece hoje a fazer uma festa, na qual está a dar aos pensionistas e aos reformados aquilo que já é deles”.

O social-democrata lembrou que o partido já tinha apresentado uma proposta para atualizar as pensões de acordo com a lei e que “foi rejeitada pelo Partido Socialista (PS)”. 

“Em segundo lugar, o primeiro-ministro repetiu uma coisa que não é por ele repetir muitas vezes que passa a ser verdade”, ironizou, acrescentando que se trata de algo “do ponto de vista intelectual e político desonesto”.

“O corte de pensões do passado começou e foi da responsabilidade exclusiva dos governos do Partido Socialista de que o doutor António Costa fez parte e que o doutor António Costa apoiou”, explicou. “Isto é grave porque o doutor António Costa sabe disto e diz o contrário ao país”. 

O líder da oposição disse ainda “não ter dúvida nenhuma” que o aumento de pensões se trata de “um truque e uma ilusão” do Governo. "Se António Costa disse que não havia corte nenhum nas pensões, então como é que ele agora vai fazer uma reposição daquilo que não tinha dado antes? É porque havia corte, só se pode repor aquilo que não foi cumprido anteriormente", atirou.

"É uma confissão que o Governo usou mais uma vez o estratagema que usa tantas vezes: arrecada e quando tem os bolsos cheios decide distribuir para poder agradar eleitoralmente", acrescentou.

Na ótica de Montenegro, António Costa está a fazer “um esforço redobrado" para “recuperar alguma credibilidade que viu perder nos últimos tempos”. 

António Costa anunciou hoje, após uma reunião do Conselho de Ministros, um aumento intercalar de 3,57% para os pensionistas em julho, além do pagamento de um ‘cheque’ de 90€ para as famílias mais carenciadas, que começa a ser pago esta quinta-feira, 20 de abril.

[Notícia atualizada às 18h34]

Leia Também: Pensões? "Costa reconhece agora que o Chega tinha razão: um truque"

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