"Há falhas nos acessos aos serviços públicos, há problemas na educação, na saúde, na justiça, há falhas nas Forças Armadas e nas polícias e foram temas que passaram muito ao de leve nas duas intervenções", criticou o líder parlamentar da IL, Rodrigo Saraiva, em declarações aos jornalistas no final da sessão solene do 49.º aniversário do 25 de Abril.
O deputado da IL considerou que Marcelo Rebelo de Sousa já teve "intervenções bastante mais assertivas em outros momentos", e que o discurso de Augusto Santos Silva foi quase "uma ode ao imobilismo".
"O que os tempos da democracia teriam exigido era uma sessão do 25 de Abril muito mais focada nos problemas que os portugueses vivem e não a tentativa de minimizar o que se está a passar", disse.
Questionado sobre os incidentes causados pelo Chega na sessão solene de boas vindas ao Presidente do Brasil, que antecedeu a do 25 de Abril, Rodrigo Saraiva disse preferir deixar "outros episódios para os dois partidos que se têm vindo a co-alimentar em benefício próprio", concretizando estar a referir-se a PS e Chega.
Na sua intervenção, o Presidente da República afirmou que o povo é "o supremo senhor do 25 de Abril" e "efetivo garante da estabilidade" e que em democracia há "sempre a possibilidade de se criar caminhos diversos".
Já o presidente da Assembleia da República advertiu que o tempo de cada instituição democrática deve ser respeitado sem atropelos ou precipitações e que a sofreguidão populista ameaça propagar-se no espaço público como um vírus.
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