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Governo já deu "tiro de partida" para campanha eleitoral com pensões

O presidente do PSD afirmou hoje que o Governo já deu "o tiro de partida para a campanha eleitoral" com o aumento de pensões, defendendo que eventuais folgas não devem ser usadas para captar "simpatia de segmentos específicos".

Governo já deu "tiro de partida" para campanha eleitoral com pensões
Notícias ao Minuto

16:15 - 27/04/23 por Lusa

Política Luís Montenegro

Numa intervenção no final de um almoço do Fórum para a Competitividade, em Lisboa, Luís Montenegro salientou que, apesar de se viver "um sentimento de fim de ciclo", "até notícia em contrário só temos eleições em 2026".

"Não me parece muito plausível que andemos todos em campanha eleitoral três anos e meio. Eu bem sei que o Governo já deu o tiro de partida para a campanha eleitoral. Exemplo disso foi esta decisão notável de confissão, por um lado, e demonstração de falta de consistência política que aconteceu com as pensões", apontou.

O líder do PSD referiu que, no ano passado, o Governo decidiu não aplicar a fórmula legal da atualização de pensões em janeiro de 2023, apresentando como justificação os perigos para a sustentabilidade da Segurança Social, e, já este mês, anunciou o aumento intercalar das pensões em julho.

"Três ou quatro meses depois já nada disso conta, porque será? Porque se quis dar o tiro de partido para a campanha eleitoral. Mas os pensionistas e reformados percebem muito bem este tipo de manobras", considerou.

Mais à frente na sua intervenção de quase 40 minutos perante meia centena de empresários, o líder do PSD defendeu que a eventual folga orçamental que o Governo tenha arrecadado da cobrança adicional de impostos não deve ser usada com fins eleitoralistas.

"A margem não deve ser esgotada com as benesses que o governo anda a tentar distribuir para captar a simpatia de segmentos eleitorais específicos. Devemos aproveitar as margens que temos para criar mais riqueza, quem cria riqueza não é o Estado, são as empresas", apontou.

Luís Montenegro defendeu que o PSD oferece "uma alternativa política, séria, com vocação maioritária", e construída "com realismo e moderação", apontando como prioritário o desafio demográfico.

Neste campo, o líder do PSD voltou a defender a importância de uma política de atração e acolhimento de imigrantes e UMA imigração "regulada, não para fechar a porta, mas para dar dignidade" a quem o país recebe, que passa por boas condições de vida e bons salários.

"Se não oferecermos isto a quem quer vir para Portugal, aqueles que vêm não são aqueles que nos interessam - no bom sentido, isto não é xenófobo, no sentido de alavancar o nosso tecido social", disse, apontando como grupos prioritários jovens estudantes para instituições do ensino superior e famílias inteiras, em detrimento de imigrantes isolados.

[Notícia atualizada às 16h40]

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