Tiago Barbosa Ribeiro defendeu, no sábado, que a Câmara Municipal de Lisboa "tem explicações a dar" sobre a manifestação do Chega em frente à sede do Partido Socialista (PS).
"O designado 'cerco' a um partido democrático é intolerável em qualquer caso e a CM de Lisboa, que autorizou, tem explicações a dar", escreveu, no Twitter, o vereador do PS na Câmara do Porto.
Apesar de considerar que o protesto do partido liderado por André Ventura foi "um fiasco ridículo", o também deputado entende que não deve ser menosprezado.
"Todos percebemos o que a extrema-direita pretendeu com este número de hooligans e não é por ter sido um fiasco ridículo que o devemos menosprezar", lê-se na publicação.
O designado “cerco” a um partido democrático é intolerável em qualquer caso e a CM de Lisboa, que autorizou, tem explicações a dar.
— Tiago Barbosa Ribeiro (@tbribeiro) May 13, 2023
Todos percebemos o que a extrema-direita pretendeu com este número de hooligans e não é por ter sido um fiasco ridículo que o devemos menosprezar.
Recorde-se que o Chega convocou a manifestação como um cerco à sede nacional do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, para as 15h30 de sábado. O protesto juntou algumas centenas de pessoas, mas o ambiente só animou com a chegada de André Ventura, perto das 16h00, com a iniciativa a terminar pouco depois das 17h00.
O presidente do Chega justificou a manifestação dizendo que o PS e o atual Governo "cercam a democracia" e as instituições, acusando-os de atrasar a justiça.
Apesar da insistência do 'speaker' para que fosse feito um cordão humano à volta da sede do partido, o efeito acabou por ser apenas de um semicírculo próximo das baias da polícia, que encerrou a rua em frente ao Largo do Rato e criou um perímetro de segurança entre os manifestantes e a sede do PS, apenas permitindo que as pessoas se colocassem junto ao muro em frente e de lado.
No protesto, foram exibidos dois bonecos insufláveis, um com uma máscara de António Costa e outro de José Sócrates, que mais tarde foram colocados dentro de uma jaula.
Alguns dirigentes socialistas pronunciaram-se sobre o sucedido e consideraram o protesto antidemocrático.
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